Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
(Jiddu Krishnamurt)
Quem trabalha com psicoterapia (e tem uma visão que a vida das pessoas deve ser tão ampla quanto as suas possibilidades) sabe que muitas vezes o sofrimento do paciente, além de suas questões pessoais, está entranhado a suas dificuldades de se ajustar as demandas e crenças da cultura.
Muitas vezes essa “parte” que se rebela e não se ajusta é a parte mais saudável dele, apesar de ele não saber disso!
Numa sociedade com uma cultura dominante como a que vivemos, de uma competição desenfreada e sem ética, materialista e consumista, infantilizada e unilateralmente extrovertida, onde o se dar bem é a custa dos outros e não com os outros, onde gentileza, delicadeza e ternura são vistos como fraqueza, quem se ajusta bem é que é BEM doente!
E o desajuste, apesar de gerar sofrimento e implicar em ter que se tomar consciência, remar contra a maré e trabalhar com ele, é um movimento a favor da saúde e da expansão da alma!
Replicado de O Feminino e o Sagrado
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