27 de agosto de 2018

AURORA - FORGOTTEN LOVE | LEGENDADO





Aurora ocupa todas as frequências do meu coração. AMOR - Love - Pure Love.

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Este aqui  tem um pequeno depoimento e é de quando ela esteve no Brasil


Eu fui na sua passagem de som em Curitiba; a Ópera de Arame é aberta e eu imaginei que poderia espiar. No entanto, justo naquele dia havia outro evento da prefeitura e eles estavam cobrando 5 reais só pra entrar no lugar e eu tinha só o dinheiro do ônibus.
Mas Deusa é boa, e porque mesmo do lado de fora, esperando muito e sozinha, de repente ouvi-a cantando ao vivo, e sua voz se esparramava toda pelo ar, deixando tudo mais leve. 

3 de julho de 2018

A Grande Deslocadora






Assim como no poema de Jorge de Lima, hoje sou o Eixo do tempo. Hoje sou Lily Braun, A Grande Deslocadora. 

É preciso Desenlouquecer para si e enlouquecer para os outros (danem-se os tais outros -- não estou aqui para matar a fome de ninguém, nem para satisfazer suas expectativas; estou aqui para ser feliz)



CURVA LIVRE
o tempo não é linear
também não é pelo relógio
que ele passa

você anda em círculos
e vive me indagando
o caminho que deve seguir...

"O tempo" não é linear...
na areia cai e a ampulheta
é virada de novo

o corpo passa,
mas a vida vivida está registrada
marcada no conjunto de
suas escolhas
o tempo não é linear,
é curvo

Ele volta e continua...
Até você acertar
(Nayre Martins)

MALDITA MODELO IS DEAD






Fugindo como uma mocinha noir
Para a baía do meu coração
Mil rosas exalam no ar!
Ela não quer ficar aqui
Seu coração flamejante

está indo de volta para lá

Inocente mocinha sedutora
Desejosa de uma Estrela,
quando já é Constelação.
Virgem no coração solitário
Miss Corações Solitários

Maldit in the sky with fireworks

Pedro Innocente - Curitiba, 1995

For Nayre

26 de junho de 2018

Sem educação, os homens ‘vão matar-se uns aos outros’


O neurocientista António Damásio advertiu que é necessário “educar massivamente as pessoas para que aceitem os outros”, porque “se não houver educação massiva, os seres humanos vão matar-se uns aos outros”.


O neurocientista português falou no lançamento do seu novo livro A Estranha Ordem das Coisas, na Escola Secundária António Damásio, em Lisboa, onde ele defendeu perante um auditório cheio que é preciso educarmo-nos para contrariar os nossos instintos mais básicos, que nos impelem a pensar primeiro na nossa sobrevivência.

O que eu quero é proteger-me a mim, aos meus e à minha família. E os outros que se tramem. […] É preciso suplantar uma biologia muito forte”, disse o neurocientista, associando este comportamento a situações como as que têm levado a um discurso anti-imigração e à ascensão de partidos neonazis de nacionalismo xenófobo, como os casos recentes da Alemanha e da Áustria. Para António Damásio, a forma de combater estes fenômenos “é educar maciçamente as pessoas para que aceitem os outros”.

Em ” A Estranha Ordem das Coisas”(editora: Temas e Debates), Damásio volta a falar da importância dos sentimentos, como a dor, o sofrimento ou o prazer antecipado.

Este livro é uma continuação de O Erro de Descartes, 22 anos mais tarde. Em ‘O Erro de Descartes’ havia uma série de direções que apontavam para este novo livro, mas não tinha dados para o suportar”, explicou António Damásio, referindo-se ao famoso livro que, nos finais da década de 90, veio demonstrar como a ausência de emoções pode prejudicar a racionalidade.

O autor referiu que aquilo que fomos sentindo ao longo de séculos fez de nós o que somos hoje, ou seja, os sentimentos definiram a nossa cultura. António Damásio disse que o que distingue os seres humanos dos restantes animais é a cultura: “Depois da linguagem verbal, há qualquer coisa muito maior que é a grande epopeia cultural que estamos a construir há cem mil anos.”

O neurocientista acredita que o sentimento – que trata como “o elefante que está no meio da sala e de quem ninguém fala” – tem um papel único no aparecimento das culturas. “Os grande motivadores das culturas atuais foram as condições que levaram à dor e ao sofrimento, que levaram as pessoas a ter que fazer alguma coisa que cancelasse a dor e o sofrimento”, acrescentou António Damásio.

Os sentimentos, aquilo que sentimos, são o resultado de ver uma pessoa que se ama, ou ouvir uma peça musical ou ter um magnífico repasto num restaurante. Todas essas coisas nos provocam emoções e sentimentos. Essa vida emocional e sentimental que temos como pano de fundo da nossa vida são as provocadoras da nossa cultura.”

No livro o autor desce ao nível da célula para explicar que até os microrganismos mais básicos se organizam para sobreviverem. Perante uma plateia com centenas de alunos, o investigador lembrou que as bactérias não têm sistema nervoso nem mente mas “sabem que uma outra bactéria é prima, irmã ou que não faz parte da família”.

Perante uma ameaça, como um antibiótico, “as bactérias têm de trabalhar solidariamente”, explicou, acrescentando que, se a maioria das bactérias trabalha em prol do mesmo fim, também há bactérias que não trabalham. “Quando as bactérias (trabalhadoras) se apercebem que há bactérias vira-casaca, viram-lhes as costas”, concluiu o neurocientista, sublinhando que estas reações são ao nível de algo que possui “uma só célula, não tem mente e não tem uma intenção”, ou seja, “nada disto tem a ver com consciência”.

E é perante esta evidência que o investigador conclui que “há uma coleção de comportamentos – de conflito ou de cooperação – que é a base fundamental e estrutural de vida”.

Durante o lançamento do livro, o investigador usou o exemplo da Catalunha para criticar quem defende que o problema é uma abordagem emocional e não racional: “O problema é ter mais emoções negativas do que positivas, não é ter emoções.”

O centro do livro está nos afetos. A inteira realidade dos sentimentos e a ciência dos sentimentos e do que está por baixo dos sentimentos. O sentimento é a personagem central. É também central uma coisa que me preocupa muito, o presente estado da cultura humana. Que é terrível. Temos o sentimento de que não está apenas a desmoronar-se, como está a desmoronar-se outra vez e de que devemos perder as esperanças visto que da última vez que tivemos tragédias globais nada aprendemos. O mínimo que podemos concluir é que fomos demasiado complacentes, e acreditamos, especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, que haveria um caminho certo, uma tendência para o desenvolvimento humano a par da prosperidade. Durante um tempo, acreditamos que assim era e havia sinais disso”


Fonte: Jornal Público

26 de abril de 2018

Government accidentally sends file on "remote mind control" methods to journalist





When journalist Curtis Waltman filed a Freedom of Information Act request with Washington State Fusion Center  (which is partnered with Department of Homeland Security) to obtain information about Antifa and white supremacist groups, he got more than the information he was looking for – he also accidentally received a mysterious file on "psycho-electric weapons" with the label “EM effects on human body.zip.” The file included methods of "remote mind control."

Creepy images like these were included:









So what gives?

Via the 
 Daily Beast:

According to 
 Muckrock, a nonprofit that publishes government information gathered through FOIA requests, the mind-control documents came from the Department of Homeland Security-linked agency in the form of a file called “EM effects on human body.zip.” The file reportedly contained various diagrams detailing the horrors of “psycho-electronic weapon effects.”

One diagram lists the various forms of torment supposedly made possible by using remote mind-control methods, from “forced memory blanking” and “sudden violent itching inside eyelids” to “wild flailing” followed by “rigor mortis” and a remotely induced “forced orgasm.” It was not immediately clear how the documents wound up in the agency’s response to a standard FOIA request, but there was reportedly no indication the “remote mind control” files stemmed from any government program.

And according to 
 Popular Mechanics:

The federal government has absolutely experimented with mind control in a variety of methods, but the documents here do not appear to be official.

Waltman had no idea why these documents were included in his request and isn't sure why the government is holding them. The WSFC did not respond to requests for more information.

As fun as conspiracy theories are, Muckrock doesn't believe the images are "government material."

One seems to come from a person named “Supratik Saha,” who is identified as a software engineer, the brain mapping slide has no sourcing, and the image of the body being assaulted by psychotronic weapons is sourced from raven1.net, who apparently didn’t renew their domain.

Muckrock put out a call to WSFC but hasn't yet heard back from them.

For more details, go to 
 Muckrock.

3 de abril de 2018

Carta de Berlim: Uma catástrofe chamada Brasil.


Por Flávio Aguiar  

Estes são breves apontamentos a partir de uma visita de um mês a S. Paulo e Rio Grande do Sul, mais algumas reflexões sobre momentos posteriores, às vésperas do julgamento do habeas-corpus do ex-presidente Lula pelo STF.


As capitais destes dois estados são hoje espaços que parecem entregues ao deus-dará, dirigidas por administradores que não têm a menor compreensão da complexidade do fenômeno urbano no século XXI. Um deles mal entrou já vai abandonando a prefeitura para se candidatar ao governo do estado, de olho na presidência. O outro se revelou um proto-fascista pedindo forças federais para conter uma manifestação legítima, quando do julgamento de cartas marcadas do ex-presidente Lula no TRF-4. 



Em ambas as cidades proliferam os barracos e tabuleiros pelas ruas, lembrando aquilo que na Argentina se chamou anos atrás de “cuentapropismo”, ou seja, a viração por conta-própria diante do aumento dramático do desemprego, do subemprego, da precarização do trabalho, além da multiplicação também dramática do número de pedintes (incluindo crianças) e de  miseráveis pelas ruas, praças, e dos alojados em tendas sob viadutos. Este é um dos retratos repulsivos e deprimentes  da crise econômica profunda e da desorganização da agenda social no país, feitos que os arautos destas políticas retrógradas chamam de “normalidade” e de “recuperação”.



Por seu turno, o governo federal, entre outros descalabros, promove ataques à educação, contra as universidades e a autonomia universitária, tudo para defender a semântica do golpe de estado que assola o país desde 2016. Quando do regime de 64, era proibido chamar o Golpe de 1º de abril de Golpe: o nome a ser consagrado era o de “Revolução de 31 de Março”. Agora o governo resolve impedir que o golpe que o levou ao poder também seja chamado de “golpe”, embora seja de outra estirpe, a parlamentar-jurídica-midiática-policial. O presidente ilegítimo parece um pião a dar voltas sobre si mesmo, com dificuldades para entregar algumas das principais encomendas que recebeu, como a da “reforma” (= destruição) da previdência pública, além de estar acossado - ele e seu grupo - por denúncias de todo lado.



Diante do assassinato da vereadora Marielle no Rio de Janeiro o governo pede pateticamente que suas representações diplomáticas pelo mundo enfatizem as providências que as autoridades devem estar tomando para elucidar o caso. Hoje, este é o principal esforço do corpo diplomático brasileiro no exterior: dar a impressão de que o país está num estado “normal” de funcionamento das instituições. Mas não dá para tapar o país com  esta peneira. No mundo inteiro fontes bem informadas conhecem o estado catastrófico e catatônico em que o Brasil se encontra. É a isto que o governo reduziu o “Exército de Rio Branco”: um ajuntamento de pedintes no plano internacional.



Aparentemente os grupos direitistas que ascenderam com o golpe de 2016 têm a faca e o queijo nas mãos, podendo ditar e desditar o que bem entenderem sobre o futuro do país, inclusive o eleitoral, alijando o ex-presidente Lula das futuras eleições e traçando o rumo destas. Entretanto fica cada vez mais evidente que estes grupos - que não se entendem entre si a não ser no esforço de alijar Lula e as esquerdas da disputa e do espaço político - nada têm a oferecer senão o caos, a desordem, a baderna, a violência física, verbal, midiática e virtual, além da sua cupidez em lucrar com o butim das privatizações a toque de caixa e do desmanche das instituições públicas. O Brasil tornou-se complexo demais para caber no tabuleiro de suas ideias parcas, curtas, recessivas e retrógradas.



Os mais extremados destes golpistas puseram-se histéricos quando o STF deu um passo que não estava no seu script, qual seja, o de acenar com a possibilidade de que o ex-presidente não venha a ser preso devido às condenações sem provas de que foi vítima. Multiplicaram-se as pressões sobre os juízes do Supremo em todos os níveis para que violem a Constituição, a presunção de inocência e confirmem o estado de exceção em que o país vive desde 2016 e que venha a permitir o espetáculo circense (daqueles da antiga Roma) da almejada humilhação do ex-presidente, para servir de exemplo de que quem nasceu na senzala lá deve permanecer.



Se conseguirem este objetivo, a balbúrdia nas hostes golpistas não será menor do que se não o conseguirem. Não há entendimento nem programa entre eles, exceto o que importam do pior ideário neo-liberal e norte-americano. A avidez da disputa interna nas direitas transparece, por exemplo, na estupidez com que pré-candidatos que querem se apresentar como “equilibrados” se puseram a imitar declarações da pior espécie do pré -de-extrema-direita quando dos tiros contra a caravana de Lula no sul do país, querendo culpar a vítima pela agressão que lhe foi feita, reproduzindo a estrutura do pensamento que culpa a mulher pelo estupro que a agrediu.



O caldo de cultura em que estas atitudes vicejam é o da rifa que partes consideráveis das classes dominantes e médias do país submetem o país, desejosas de manter seus “direitos” a ver direitos como privilégios exclusivamente seus.



Do lado das esquerdas e dos críticos do golpe também há problemas candentes. O melhor que foi produzido nestas estreitas foi simbolizado na união de figuras expressivas (Lula, Boulos, Manuela, Freixo et alii) em torno de um esforço anti-fascista. Também a reação imediata, comovente e veemente de muita gente em todo o país, diante do assassinato de Marielle. Mas há muita confusão e propostas desencontradas. Estas vão desde a procura de FHC para impulsionar uma frente anti-fascista até a pregação de uma abstrata “desobediência civil” ou ainda de uma “luta fora das instituições” que nano se sabe muito bem o que seja. Não sei que poderes mágicos o ex-presidente psdebista teria para organizar o saco de gatos em que seu partido está transformado, sem falar em que muitos destes gatos preferem conviver com os fascistas a se verem juntos aos das esquerdas nesta tal de frente ampla, cujo provável destino seja  de ficar sem fundos que a sustentem. Além de que ele mesmo parece biruta de aeroporto, indo de um lado a outro em declarações seguidamente desencontradas. Sem falar em quem se disponha a votar em Alckmim para impedir a ascensão de Bolsonaro.



De todo modo, quem está lutando, hoje, fora das instituições é o grupo dos golpistas. É possível e até provável que diante do desacerto que reina entre suas hostes e da sua impossibilidade de apresentar candidaturas viáveis (incluindo-se aí da extrema-direita, que dificilmente bateria um candidato de centro-esquerda ou se esquerda num segundo turno decente), este grupo - ou parte dele - venha a optar pela suspensão sine die das eleições de outubro. O que somente ampliaria a catástrofe em que o golpe mergulhou o país. Cabe às esquerdas lutar para que este novo AI-5 não desabe sobre nós.