14 de dezembro de 2012

A MINHA CLARICE LISPECTOR NÃO CANTA MICHEL TELÓ


A internet proporciona possibilidades, entre elas, conhecer pessoas que possuam os mesmos gostos por determinada arte, por exemplo, o meu caso, a literatura. É claro que na nossa vida fora da rede isso também acontece, porém a internet, se bem usada, pode ser um facilitador de conhecimento. Digite seu livro preferido no Google e veja o que acontece.  

Porém, como toda história, se há muitas possibilidades fáceis de chegar ao conhecimento, esse caminho pode ser recheado de aprendizados falsos, ou pior: de pedras falsas que, infelizmente, a maioria saboreia como a última bolacha do pacote. Vamos a um exemplo: Clarice Lispector, a escritora mais falsificada nas redes sociais ao ponto de ao verem o nome dela creditando alguma frase ruim, a expressão seja algo como tomar um café temperado com sal.
Eu quero escrever em letras grandes, eu quero colar outdoors na cidade inteira para dizer: essa sua frase de auto-ajuda não é Clarice Lispector! A Clarice Lispector nunca disse essa tosquice sobre amizade, amor e ser feliz!
E eu quero repetir um milhão de vezes adicionando palavrões diferentes a essas minhas frases revoltadas, mas corro o risco de, ao final, receber como resposta a frase “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena – Clarisse Vispector”.
Posso chorar? Posso chorar muito como uma criança que foi ao supermercado e pediu a sua mãe o melhor chocolate do mundo e recebeu uma jaca?
O mundo é lindo, mas também é essa merda presente todos os dias (essa frase poderia ser de Charles Bukowski, mas é minha mesmo). Nós, que apreciamos LITERATURA e não frases, LIVROS BENS ESCRITOS e não frases, CITAÇÕES FORMAIS e não frases, sofremos demais com essa disseminação falsa do que é a literatura. E lamento também por todos os outros escritores que sofrem com isso: Caio Fernando Abreu, Shakespeare, Luis Fernando Veríssimo, Virginia Woolf, etc, etc, etc.
Quem são os compartilhadores de frases falsas? O que eles representam? Para onde vão? O que fazem? As respostas são fáceis, pois tenho certeza que ao ler essas perguntas você imaginou avatares de colegas seus de Facebook, Twitter e similares. É, são eles e vários sites e blogs.
Vinicius Linné, escritor, professor e mestre em literatura, registrou o seu desabafo no Papo Literário sobre o que foi feito com o nome Clarice Lispector, a profética (e você já vai entender porquê):
Eu já presenciei no Face uma página da “Clarisse Linspector” recebendo comentários voltados à autora. Como se ela estivesse toda viva e lépida mantendo aquele perfil – com o nome errado – e escrevendo baboseiras sem tamanho. 
Pobre Clarice… Profética Clarice
“Acordei com um pesadelo terrível: sonhei que ia para fora do Brasil (vou mesmo em agosto) e quando voltava ficava sabendo que muita gente tinha escrito coisas e assinava embaixo meu nome. Eu reclamava, dizia que não era eu, e ninguém acreditava, e riam de mim. Aí não aguentei e acordei. Eu estava tão nervosa e elétrica e cansada que quebrei um copo”. {Clarice Lispector em carta escrita a uma amiga 3 anos antes de sua morte}
Pior de tudo é que você que realmente conhece e estuda o trabalho do Caio [Fernando Abreu] ou da Clarice – como é o caso da minha dissertação de mestrado – acaba passando por farinha do mesmo saco dessa gente que nunca leu um livro deles na vida e só fica compartilhando frase falsa. Aí você comenta que o seu trabalho é sobre a Lispector e ouve de volta “Ai, eu também adoro as frases que a ClariSSE coloca no Facebook.”
É de matar.
Clarice Lispector tinha uma escrita peculiar, diferente, original e difícil, quem já leu – atentamente – alguns livros dela, é capaz de reconhecer o texto escrito por um dos maiores nomes da literatura. É como saber que aquela sua amiga tão elegante e fina jamais cantaria uma música de Michel Teló. As redes sociais fazem Clarice Lispector cantar Michel Teló.
Essa massa compartilhadora de frases nas redes sociais nunca leu, de fato, o livro onde contém a tal frase. Compartilha porque é legal, é fácil e porque quer parece cool. Um reflexo do quanto nossa sociedade é alimentada por superficialidades.
Eu desconfio das frases óbvias, simples e fáceis demais, elas não representam a literatura, tampouco Clarice Lispector. Eu desconfio de frases sem referências e fora de contexto. Só acredito em frases compartilhadas por pessoas que conheço muito bem ou se conter o livro de onde a frase foi retirada, a página, editora e ano de publicação. Se não for, é mentira, e eu não quero fazer parte dessa estupidez com a imagem da literatura, minha arte preferida, onde a Clarice Lispector canta o melhor da música erudita.



Posted by Francine Ramos 

3 de setembro de 2012

Você tem que abandonar esse círculo vicioso





A infelicidade pode lhe dar muitas coisas que a felicidade não pode. Na verdade, a felicidade tira muitas coisas de você. Ela tira tudo o que você sempre foi, tudo o que sempre teve, a felicidade destrói você!
A infelicidade alimenta sua personalidade, enquanto a felicidade é basicamente um estado de ausência de personalidade. Este é o problema, o verdadeiro dilema. É por isso que as pessoas acham tão difícil ser feliz.
Esta é a razão pela qual quase todo mundo optou por viver na infelicidade. Isso gera um ego muito inflexível.
Se isso for compreendido, tudo se torna claro. A infelicidade o torna especial. A felicidade é um fenômeno universal, não há nada de especial nela. As árvores são felizes, os animais são felizes — toda a existência é feliz, exceto a humana.
Sendo infeliz, o homem se torna muito especial, extraordinário. A infelicidade atrai a atenção das pessoas. Sempre que está infeliz você é alvo de demonstrações de afeto, carinho e amor. Todos cuidam de você.
Quem quer ferir uma pessoa infeliz? Quem tem inveja de uma pessoa infeliz? Quem quer se opor a uma pessoa infeliz? Isso seria muito baixo, vil. Há um grande investimento na infelicidade.
Se a esposa não estiver infeliz, o marido tende a esquecer-se dela. Se ela estiver infeliz, o marido não pode deixar de cuidar dela. Se o marido estiver infeliz, toda a família, a esposa, as crianças se aproximam dele, se preocupam com ele — e isso lhe traz um grande conforto. A pessoa sente que não está sozinha, que pode contar com a família e os amigos.
Quando você está doente, deprimido, infeliz, os amigos vêm visitá-lo e consolá-lo. Mas quando você está realmente feliz, os mesmos amigos tornam-se invejosos e o mundo se volta contra você.
Ninguém gosta de uma pessoa feliz porque ela é uma espécie de “afronta” à infelicidade alheia. As outras pessoas não perdoam e começam a pensar coisas do tipo: “Como se atreve a ser feliz quando estamos mergulhados em tamanha infelicidade, ainda rastejando na escuridão, na infelicidade e no inferno?”
E, naturalmente, como o mundo é feito de pessoas infelizes, ninguém é corajoso o bastante para suportar a humanidade torcendo contra. É perigoso e arriscado. Melhor agarrar-se à infelicidade — ela o mantém como parte da multidão.
Feliz, você é apenas um indivíduo. Infeliz, você faz parte de uma multidão: americano, europeu, latino, árabe, japonês.
Feliz? Você sabe o que é a felicidade? Ela é de origem hindu, cristã ou muçulmana? A felicidade é simplesmente a felicidade. A pessoa é transportada para outro mundo, bem distante daquele que a mente humana criou. Ela não está ligada ao passado nem à nossa triste história. A pessoa feliz, na verdade, não pertence a tempo algum. O êxtase faz o tempo e o espaço desaparecerem.
Albert Einstein disse que os cientistas costumavam pensar que havia duas realidades: o espaço e o tempo. Mas ele descobriu que essas duas realidades são faces de uma mesma realidade, daí a expressão espaço-tempo, criada por Einstein para definir a noção de que o tempo nada mais é do que uma quarta dimensão do espaço.
Einstein não era um místico; se fosse, teria introduzido também a terceira realidade – a realidade transcendental, que não é nem espaço nem tempo e que eu chamo de “testemunha”. Uma vez que essas três coisas estejam presentes, você encontra a trindade, ou trimurti, palavra em hindi que significa as três faces de Deus. Então você possui as quatro dimensões: as três do espaço e mais uma que representa o tempo.
Mas há algo mais que não pode ser chamado de quinta dimensão porque é o todo, o transcendental. Quando você está vivenciando o êxtase, começa a mover-se em direção ao que é transcendental. Não é algo social nem tradicional. Não tem absolutamente nada a ver com a mente humana.
Apenas observe sua infelicidade e você estará apto a descobrir as razões de sua tristeza. Olhe para aqueles momentos em que você se permite estar alegre e perceba a diferença.
Elas são poucas, mas quando você é infeliz é também um conformista. A sociedade adora esse lado seu, as pessoas o respeitam, você é tão considerado que pode até mesmo se tornar um santo.
Até porque os santos são pessoas infelizes e miseráveis, verdadeiros casos patológicos. A infelicidade está grafada em letras garrafais em seus rostos e em seus olhos.
Por serem infelizes, os santos condenam todas as formas de prazer, a alegria e cada possibilidade de felicidade como sendo pecado. São infelizes e, no fundo, querem que todo mundo seja igualmente infeliz e miserável.
De fato, somente em um mundo infeliz esse tipo de pessoa pode ser considerado um santo. Em um mundo feliz seria internado, tratado como louco. Eu vi muitos santos e tenho observado a vida dos santos do passado. Quase todos são anormais, neuróticos ou psicóticos. Mas foram respeitados por sua infelicidade, lembre-se disto.
Os grandes santos se impunham longos períodos de jejum apenas para torturar-se, o que não é muito inteligente. Durante a primeira semana, jejuar é difícil. Na segunda semana torna-se fácil; na terceira semana comer vira um sofrimento, e lá pela quarta semana você já se esqueceu completamente do assunto.
Como o corpo gosta de queimar suas reservas, você se sente menos pesado e toda a energia que normalmente é usada para a digestão se torna disponível para a mente. Resultado: você consegue se concentrar mais e acaba se esquecendo do corpo e de suas necessidades. Esse tipo de auto-sacrifício só serve para criar pessoas miseráveis e uma sociedade infeliz.
Olhe para sua própria infelicidade e observe que certas coisas fundamentais estão presentes. Primeiro, é algo que lhe traz respeito. As pessoas ficam mais simpáticas e atenciosas. Você terá mais amigos se for infeliz, o que é muito estranho. Se você insistir em ser feliz, vai virar alvo de muita inveja e as pessoas não serão nada amigáveis. Elas se sentirão enganadas: você possui algo que não está ao alcance delas.
Assim, através dos tempos, aprendemos um mecanismo sutil: reprimir a felicidade e expressar a infelicidade transformou-se em nossa segunda natureza. Você tem que abandonar esse círculo vicioso e aprender o caminho da felicidade.
É preciso respeitar quem optou pela felicidade, mas não sinta pena das pessoas infelizes. Ajude-as, sem valorizar a infelicidade. Deixe muito claro que se trata de um sentimento ruim, que não contribui em nada com o restante da humanidade.
Seja feliz e ajude as pessoas a compreenderem que a felicidade é o objetivo da vida — satchitanand. Esta palavra, segundo os místicos orientais, reúne as três qualidades de Deus: sat (ele é a verdade), chit (consciência, percepção) e, finalmente,anand (a característica mais elevada, o êxtase).
Deus sempre está presente onde há êxtase. Sempre que você encontrar uma pessoa cheia de sentimentos intensos, respeite-a, pois se trata de um santo.
E onde quer que você encontre um grupo de pessoas festivas, plenas de êxtase,considere esse lugar sagrado.
Osho, em “Uma Farmácia Para a Alma”

17 de agosto de 2012

Amem...





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Você tem de tornar seu amor mais como uma oração, você tem de tornar seu sexo mais amoroso. Pouco a pouco, o sexo tem de ser transformado numa atividade sagrada. Ele tem de ser elevado. Em vez de o sexo puxá-lo para baixo, para o lodo da humanidade, você pode puxar o sexo para cima.
A mesma energia que o puxa para baixo pode puxá-lo para cima, e a mesma energia pode dar-lhe asas. Ela tem um tremendo poder. Certamente, é a coisa mais poderosa do mundo, porque toda a vida surge dela. Se ela pode dar nascimento a uma criança, a uma nova vida, se ela pode trazer uma nova vida para a existência, você bem pode imaginar o seu potencial: ela pode lhe trazer uma nova vida também. Assim como ela pode trazer uma nova criança para o mundo, ela pode dar-lhe um novo nascimento.
E é isso que Jesus quer dizer quando assim fala a Nicodemus: “A menos que você nasça novamente, você não poderá entrar no meu reino de Deus” — a menos que você renasça, a menos que você seja capaz de dar nascimento a si mesmo, uma nova visão, uma nova qualidade para suas energias, uma nova afinação para seu instrumento. Seu instrumento contém grande música, mas você precisa aprender a tocá-lo.
O sexo tem que se tornar uma grande arte meditativa. Essa é a contribuição do tantra para o mundo. A contribuição do tantra é máxima, porque ele lhe dá chaves para transformar o mais baixo no mais alto. Ele lhe dá chaves para transformar a lama em lótus.
Trata-se de uma das maiores ciências que já surgiram, mas por causa dos moralistas e dos puritanos, e das pessoas chamadas de religiosas, não se permitiu que o tantra ajudasse as pessoas. Suas escrituras foram queimadas, milhares de mestres tântricos foram mortos, queimados vivos. Toda a tradição quase inteiramente destruída, pessoas forçadas a se esconder.
Outro dia eu recebi uma carta de saniássins meus, dos Estados Unidos, dizendo que as pessoas de Gurdjieff são tão perseguidas pelo governo que elas decidiram se ocultar. Eles me escreveram: “Estamos achando que, mais cedo ou mais tarde, isso vai acontecer conosco. Devemos começar a nos preparar de modo que, caso venha a acontecer conosco, nós também possamos começar a trabalhar de urna maneira oculta?”
É possível, porque tem sido sempre assim. O trabalho de Gurdjieff também consiste em transformar a energia sexual numa integração interior — a igreja organizada está sempre contra qualquer esforço desse tipo.
Meu trabalho é impedido de todas as maneiras, meu povo é apoquentado de diferentes maneiras. Há alguns dias, o parlamento indiano discutiu, por uma hora, o que deveria ser feito comigo — como se este país não tivesse nenhum outro problema para ser discutido. Tanto medo!
E eu não estou fazendo nenhum mal a ninguém! Eu nem sequer saio para o lado de fora do portão! E, pelo menos, este tanto de liberdade é direito de nascimento de todo mundo. Se alguém quer vir a mim e quer se transformar, não é da alçada de ninguém interferir. Eu não vou até as pessoas. Se as pessoas vêm a mim e querem ser transformadas…
Que tipo de democracia é esta? Mas políticos e sacerdotes estúpidos têm estado sempre em conluio. Eles não querem que as pessoas se transformem, porque uma pessoa transformada deixa de estar sob a dominação deles. Pessoas transformadas tornam-se independentes, livres; pessoas transformadas tornam-se tão alertas e tão inteligentes que podem identificar todos os jogos dos políticos e dos sacerdotes.
Então, elas não são mais seguidoras de ninguém. Elas começam a viver uma vida completamente nova — não a vida da multidão, mas a vida do indivíduo. Elas se tornam leões; deixam de ser ovelhas.
os políticos e os sacerdotes estão interessados em que cada ser humano permaneça uma ovelha. Somente assim eles podem ser pastores, líderes, grandes líderes. Pessoas medíocres e estúpidas fingindo-se de grandes líderes! Mas isso só é possível quando toda a humanidade permanece num grau muito baixo de inteligência, quando ela é mantida reprimida.
Até agora só dois experimentos foram feitos. Um foi a indulgência, que fracassou e que está sendo tentada novamente no Ocidente e vai fracassar novamente, fracassar completamente. O outro foi a renúncia, uma tentativa do Oriente e, também, do cristianismo no Ocidente. Também fracassou, fracassou completamente.
Um novo experimento é necessário, urgentemente necessário. O homem está vivendo num grande torvelinho, numa grande confusão. Aonde ir? O que fazer consigo mesmo? Eu não estou dizendo para renunciar ao sexo; estou dizendo para transformá-lo. Ele não precisa permanecer simplesmente biológico: traga alguma espiritualidade para ele.
Enquanto estiver fazendo amor, medite também. Enquanto estiver fazendo amor, mantenha-se num estado devocional. O amor não deve ser apenas um ato físico;derrame sua alma nele. Então, lenta, lentamente, a dor começa a desaparecer e a energia contida na dor é liberada e torna-se cada vez mais uma bem-aventurança. Então, a agonia é transformada em êxtase.
Você diz: “Eu me apaixonei e sofri demais“. Você é abençoada. As pessoas realmente pobres são aquelas que nunca se apaixonaram e nunca sofreram. Elas, absolutamente, não viveram. Apaixonar-se e sofrer no amor é bom. É passar pelo fogo; purifica, lhe dáinsights, torna-o mais alerta. Esse é o desafio a ser aceito. Aqueles que não aceitam esse desafio permanecem fracos.
Você diz: “Eu me apaixonei e sofri demais. Depois de ouvi-lo, eu me senti sem vontade de deixar o sonho continuar, pois meu caso de amor no final, não conduzirá à satisfação“. Eu não estou dizendo para abandonar seu amor; estou simplesmente expondo um fato: que ele não lhe trará o contentamento definitivo.
Não está em minhas mãos transformar a natureza das coisas. Estou simplesmentedeclarando um fato. Se estivesse em minhas mãos, eu gostaria que você conseguisse o contentamento definitivo no amor. Mas isso não acontece. O que podemos fazer? Dois mais dois são quatro.
É uma lei fundamental da vida que o amor o leve a insatisfações cada vez mais profundas. No final, o amor o leva a tal descontentamento que você começa a ansiar pelo derradeiro amado, Deus, você começa a buscar pelo derradeiro caso de amor.
sânias é um caso de amor derradeiro, é a busca por Deus, a busca pela verdade. Ele só é possível quando você já fracassou muitas vezes, amou e sofreu, e cada sofrimento lhe trouxe cada vez mais e mais consciência, cada vez mais e mais compreensão.
Um dia vem o reconhecimento de que o amor pode lhe dar alguns vislumbres — e esses vislumbres são bons, e esses vislumbres são vislumbres de Deus —, mas ele só pode lhe dar vislumbres. Mais não é possível. Mas isso também já é muito: sem esses vislumbres, você nunca irá procurar nem irá buscar Deus.
Aqueles que não amaram e sofreram nunca se tornaram buscadores de Deus — eles não podem, eles não conseguiram essa riqueza, não se tornaram merecedores dela. É um direito exclusivo do amante, um dia, começar a buscar pelo derradeiro amado.
Ame, e ame mais profundamente. Sofra, e sofra mais profundamente. Ame e sofra totalmente, porque é assim que o ouro impuro passa pelo fogo e se torna ouro puro.
Eu não estou lhe dizendo para fugir dos seus casos de amor. Vá fundo neles. Eu ajudo meus saniássins a entrarem no amor porque eu sei que o amor, no final, fracassa.
E a menos que eles saibam por experiência própria que o amor, no final, fracassa, a busca por Deus permanecerá falsa.
Osho, em “Vida, Amor e Riso”

16 de junho de 2012

raridade


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Meu coração,

um vaso chinês

em caquinhos




c.u.i.d.a.d.o.s.a.m.e.n.t.e colados




(Nayre)


















Licença Creative Commons
Este trabalho de Nayre, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.

12 de maio de 2012

Cientistas desvendam segredos de computador de 2 mil anos

Cientistas encontraram 27 engrenagens em antigo mecanismo 


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Clic aqui para assistir ao vídeo e ler a reportagem da BBC

10 de maio de 2012

As lições da ciência





Quando eu debatia em comunidades online onde haviam embates homéricos entre céticos e espiritualistas, acabava por confundir a ambos quando tocava em assuntos científicos. Para os últimos, a ciência geralmente não despertava muito interesse, pois raramente a analisavam sob o ponto de vista espiritual; Para os primeiros, era tão estranho que um espiritualista estivesse citando Carl Sagan e Richard Feynman, que alguns pensavam se tratar de um cientista “brincando” de ser espiritualista – um “místico fake”. Obviamente, eles estavam mesmo confusos...

Podem nunca haver lhe contado na escola, mas nem sempre a espiritualidade esteve dissociada da ciência. Porém, nesta ciência de hoje, interpretada apenas como um conhecimento estritamente objetivo da realidade detectável, apenas um método sem nenhuma relação com qualquer espécie de ideologia ou filosofia, restou muito pouco da ciência antiga, a filosofia da Natureza, o conhecimento da physis.

Os sábios antigos chamavam Natureza à realidade primeira e fundamental de todas as coisas, a essência em torno da qual gira tudo o que é transitório: “A noite segue o dia. As estações do ano sucedem-se uma à outra. As plantas e os animais nascem, crescem e morrem. Diante desse espetáculo cotidiano da natureza, o homem manifesta sentimentos variados – medo, resignação, incompreensão, admiração e perplexidade. E são precisamente esses sentimentos que acabam por levá-lo à filosofia. O espanto inicial traduz-se em perguntas intrigantes: O que é essa physis, que apresenta tantas variações? Ela possui uma ordem ou é um caos sem nexo?”.

Eis que os cientistas nem sempre foram chamados de doutores. Também já atenderam por naturalistas, filósofos, sábios, alquimistas, astrólogos, druidas, ocultistas, etc. Portanto, imaginar que a vivência da ciência moderna deveria estar totalmente desconexa da espiritualidade é, antes de tudo, uma ignorância da história do pensamento humano. Uma ignorância de tantos e tantos que vieram antes de nós, e fizeram as mesmas perguntas ao céu noturno salpicado de estrelas. E, como o Cosmos não respondeu de volta tal qual um deus lendário, foram obrigados a arregaçar suas mangas e buscar pelas respostas eles mesmos. É precisamente da atitude desses cientistas – os de outrora e os de hoje – que podemos tirar preciosas lições:

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7 de maio de 2012

Eclipses Conscienciais



Luz e sombra são somente matérias-primas.


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Mestres magos transformam-nas em obras de arte.

Magos negros induzem-nos ao erro.




(Nayre)



Rashad Alakbarov é um artista do Azerbaijão que utiliza a cor e as sombras de objetos para criar a sua arte.


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Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em esoterologia.blogspot.com.br.


14 de abril de 2012

Flexibilidade


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Esteja sempre calmo; 
assim, terá habilidade para distinguir, enfrentar e vencer o mal 
e sensibilidade para perceber e desfrutar do amor sem temê-lo. 

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(Nayre)




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Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em esoterologia.blogspot.com.br.

8 de abril de 2012

Quando a Noite Cai



. : Finalmente consegui disponibilizar o filme completo para download. De modo que você só encontrará acesso a ele exclusivamente por aqui em : .

Reflexões Sobre o Invisível

download do filme completo clic aqui



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Este filme é raro na internet.

28 de março de 2012

13 Vezes Millôr








1. A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.

2. As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.

3. Chato... Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.

4. Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.

5. Não devemos resisitir às tentações: elas podem não voltar.

6. Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.

7. Certas coisas só são amargas se a gente as engole.



8. Jamais diga uma mentira que não possa provar.

9. O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde.

10. Quem mata o tempo não é assassino mas sim um suicida.

11.Quando todo mundo quer saber é porque ninguém tem nada com isso.

12. De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência.

13. Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor.


Replicado de DoLaDoDeLá

24 de março de 2012

Tempestades solares podem salvar a humanidade

 Ilustração da capa do livro e o documentário “Revolução 2012″ de Dieter Broers  


O cientista e biofísico alemão Dieter Broers possui mais de 30 anos investigando os efeitos dos campos eletromagnéticos nos seres humanos, e é um dos poucos que tocaram no tema de 2012 com uma visão realista, científica, e com uma boa dose de esperança. Broers descobriu que as perturbações significativas nos campos eletromagnéticos que rodeiam os seres humanos podem criar estados mentais similiares aos provocados pelas drogas alucinógenas ou experiências místicas.  A alteração de nossos campos eletromagnéticos produzida pelas “explosões solares” ou “tempestades solares” previstas para 2012, afetaria nossa consciência e percepção da realidade. Poderíamos experimentar, em dias de alta atividade solar, alucinações e estados mentais extremamente desconcertantes ou prazerosos.  Para Broers, o importante destes estados mentais, que poderiamos chamar alterados, é que nos permitiriam entender a crise global que vive o planeta como o sintoma de uma doença que pode ser curada. Imagine isto. Você vai a rua para buscar trabalho e para em frente a uma banca de jornal.  Subitamente, as fotos cobram vida e começam a falar com você. Primeiro você se assusta e pensa que está ficando louco, mas logo o aceita e estabelece um diálogo. A conversa te leva por caminhos desconhecidos e pontos de vista que nunca antes havia percebido. De pronto, você percebe que a humanidade está mal, que está doente, e entende por quê e como se pode solucionar.  Graças às reflexões coletivas que teria a humanidade neste estado, produto da perturbação de nossos campos eletromagnéticos provocada pelas tempestades solares, chegariamos a encontrar a cura para a crise global que enfrenta nossa sociedade.  Em seu livro “Revolução 2012” Dieter Broers nos alerta sobre as tempestades solares: “Os eventos que o Cosmos guarda para nós em 2012 poderiam comparar-se a receber um copo de suco onde alguem despejou um pouco de LSD ou ácido lisérgico sem o nosso conhecimento.”  As tempestades solares de 2012 têm um lado positivo, e de alguma forma, de esperança. Broers sustenta que as alterações no campo magnético da Terra, provocadas pelas tempestades solares, alterarão nossa percepção do tempo e da realidade e, dependendo de nossa preparação, produzirão em nós experiências do tipo místico, mudanças de consciência, alucinações e talvez, poderes mentais.  O súbito incremento da atividade solar nas últimas semanas, evoca uma análise mais detalhada dos trabalhos do cientista alemão. Em que se baseia Dieter Broers para suas teorias sobre as tempestades solares?  Alguns experimentos realizados por Broers o levaram a descobrir que o estado de consciência de uma pessoa pode ser alterado expondo o cérebro a campos eletromagnéticos de certa intensidade. De acordo com suas investigações, um campo magnético normal nos permite manter um estado de consciência normal e uma percepção do tempo normal. Por outro lado, um campo magnético severamente anormal ou a ausência dele, provoca estados mentais alterados e uma distorsão em nossa percepção do tempo.  Para Broers, quem têm trinta anos investigando este campo da ciência, o efeito das perturbações geomagnéticas criadas pelas tempestades solares é similar aos efeitos das drogas alucinógenas. Quando somos expostos a este tipo de campos magnéticos, nosso cérebro produz uma série de substâncias que são as que geram essas alucinações ou distorsões da realidade e do tempo.  Os estados mentais alterados são provocados pelos processos neuroquímicos e pela produção de substâncias psicoativas ou alucinógenas. Sob certas condições, o cérebro é capaz de produzir o que poderiamos chamar substâncias ilegais. As tempestades solares dos próximos anos poderiam fazer com que nossos cérebros gerem substâncias capazes de criar fortes alucinações. Estas alucinações serão totalmente reais para a pessoa que as experimente e afetarão nossos sentidos de diferentes formas: o tempo parecerá mover-se mais lentamente, veremos presenças estranhas, ouviremos vozes, perceberemos forças invisíveis e sentiremos uma poderosa união com o universo que nos rodeia.   

Dieter Broers diz que as tempestades solares de 2012 e de 2013 provocarão não só estados alterados desconcertantes senão estados extremamente prazerosos que alguns poderiam denominar de “iluminação”, como o que experimentaram Moisés, Joana D’Arc, e Paulo de Tarso.  Nem todos sentiremos o mesmo, ou reagiremos da mesma forma. Algumas pessoas experimentarão paz e euforia enquanto que outros passarão por momentos de agressividade e depressão. O fator determinante para ter uma experiência negativa ou positiva será o medo. Enquanto que uma pessoa poderia escapar aterrorizada ante uma presença estranha, outra poderia entender que essa presença é parte de sua consciência, e outra poderia estabelecer um diálogo com a misteriosa presença sobre as origens da vida. Por isto, Broers aconselha que preparemos nossas mentes meditando.  Inclusive se você têm dúvidas sobre que tipo de “iluminação” poderia experimentar, deveria, não obstante, começar a meditar o mais breve possível, para que possa experimentar estes estados alterados de consciência num estado receptivo.  Se estamos predispostos não haverá medo, e se estivermos num estado receptivo poderemos aproveitar a experiência. Dependerá de nós que essas alucinações se convertam em momentos de “iluminação espiritual”.  Para que servem todas estas alucinações? O que têm de positivo tudo isto?  Segundo Broers, muitos pacientes foram tratados exitosamente usando os efeitos dos campos eletromagnéticos no cérebro. A terapia, também chamada “terapia de mega-ondas”, consiste em administrar campos eletromagnéticos, idênticos aos que encontramos na natureza, através de dispositivos colocados na cabeça dos pacientes. Esta terapia teve uma altíssima porcentagem de cura exitosas graças ao fato de que pela primeira vez, os pacientes são capazes de entender a causa de seu problema.  A mesma terapia aplicada a pacientes sãos ou sem problemas, fez com que experimentassem um estado de consciência alterado que lhes permitiu ver a realidade e as coisas deste mundo, num contexto muito maior.  Segundo Broers, uma tempestade solar de elevada magnitude afetaria coletivamente nossos cérebros e poderia ajudar a que tomemos consciência do dano que estamos fazendo ao planeta, e que tomemos ações para reverter a situação. Estas descobertas também podem aplicar-se à situação atual do mundo. Se vemos a crise global como o sintoma de uma doença e olhamos profundamente dentro de nós, seremos capazes de identificar a causa atual desta doença. Enquanto nossos esforços para nos salvar se centrem nos sintomas de nossa condição, não encontraremos uma cura verdadeira. Só poderemos salvar o planeta se reconhecermos, primeiro, a verdadeira causa da doença. Este tipo de reconhecimento pode ser obtido através da influência de campos eletromagnéticos. Se, por exemplo, cada ser humano na Terra fosse exposto a estes campos eletromagnéticos, uma consciência coletiva nasceria nos seres humanos.  Esta exposição coletiva da humanidade a campos eletromagnéticos da que fala Broeck, poderia ser provocada por uma forte tempestade solar nos próximos anos. O cientista alemão acredita que uma série de tempestades solares de alta magnitude não só provocará experiências místicas ou alucinações e mudanças de consciência sobre o dano ao planeta, senão que também poderia colocar em funcionamento partes do cérebro que nunca utilizamos.  “Estou convencido que atualmente nos encontramos no meio de um processo que compreende a restruturação de nossas redes neuronais, e que o catalizador deste processo é a elevada atividade solar-geomagnética cujas consequências são temidas por tanta gente. Porém, todos os fatos e descobertas, apontam à inegável conclusão de que a evolução nos permitirá, pela primeira vez na história humana, usar o enorme potencial de nossos cérebros.  Para Broers, os humanos usam uma ínfima parte do cérebro, ele sustenta que é como se usássemos a área de uma partícula de pó quando dispomos de uma mansão de quinhentos quartos.  Umas quantas tempestades solares de elevada magnitude poderiam ser suficientes para alterar nossa realidade. As alucinações seriam o primeiro sinal de que estamos usando novas áreas de nosso cérebro. O que virá depois é terreno desconhecido. Poderes mentais? Telepatia? Propriedades quânticas? Realidades paralelas? Outras dimensões?  Dieter Broers afirma que as alterações no campo magnético da Terra produzirão não só uma mudança de consciência senão que nos ajudará a utilizar o verdadeiro potencial do cérebro humano.  “Em vista do fato que os campos eletromagnéticos podem ajudar  um paciente a identificar a causa de uma doença, é muito possível que as forças eletromagnéticas do cosmos possam fazer que a raça humana perceba a doença que ataca o nosso planeta. As condições para uma expansão de consciência estão dadas. Tomara que não precisemos ser golpeados por uma tempestade solar gigantesca para começar a reverter a crise do planeta. Embora a esta altura, parece que só algo assim de radical nos fará mudar de rumo.  Esperamos que as tempestades solares dos próximos meses e anos ampliem nossa consciência e, de uma vez por todas, nos remetam a um período de evolução num campo outro que não o tecnológico, as campinas da espiritualidade, e não estou me referindo às religiões.


Dieter Broers -  “Revolução 2012″ .