Mostrando postagens com marcador sabedoria. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sabedoria. Mostrar todas as postagens

18 de outubro de 2015

Os quatro inimigos do homem de conhecimento







O antropólogo Carlos Castañeda escreveu doze livros contando sua saga e seu aprendizado com o brujo Don Juan no México. O primeiro desses livros, conhecido no Brasil como A Erva do Diabo, é o mais conhecido. O título original da obra é “The Teachings of Don Juan”. Em português seria “Os Ensinamentos de Don Juan” se o título original fosse respeitado e não houvesse uma distorção para fins mercadológicos.
Nesse livro, que marca o início do aprendizado de CastañedaDon Juan lhe diz que o homem possui quatro inimigos que deve saber enfrentar para tornar-se um guerreiro, um homem de conhecimento. Esses inimigos são: o medo, a clareza, o poder e a velhice. Nesse texto, tentarei apresentar uma interpretação própria desses ensinamentos. Ao mesmo tempo que busco coerência com a obra original, pretendo mostrar o que entendo sobre esses inimigos, tomando a liberdade de apresentar a apropriação que fiz desses conceitos.
O primeiro dos inimigos é o medo. Toda vez que buscamos um novo caminho de crescimento, ele aparece para nos testar. Há medos de toda ordem e algumas vezes ele chega a se tornar um pavor, um desespero. Um formidável inimigo que pode tornar-se um grande aliado: se não temos medo, nos tornamos pessoas irresponsáveis; se ele paralisa a nossa busca, nos tornamos covardes. Entendo que o medo é constitutivo da vida humana e temos que caminhar, mesmo sentindo medo. Ele pode ser controlado e exige coragem, mas nos transforma em pessoas alertas: guerreiros sempre à espreita.
Muitas pessoas deixam de viver, de lutar pelo que acreditam, de crescer como indivíduos porque o medo as paralisa, não as deixa seguir em frente. Medo do que vai acontecer no futuro, medo de se machucar, medo de se arrepender, medo de sofrer, medo de experimentar, medo de buscar novos horizontes, medo do que os outros vão pensar: medo de viver! E o medo faz elas ficarem na inércia, na repetição, no caminho do comodismo, no conforto do que sempre foi. Mas isso não é crescimento, é estagnação. Para crescermos, temos que ter consciência do medo, saber que ele existe, que ele pode ser vencido, agir com coragem, seguir em frente diante da incerteza e torná-lo um excelente aliado!
Se conseguimos vencer nosso primeiro aliado, chega o segundo: a clareza. Aqueles que foram vitoriosos em sua luta contra o medo, acabam sentindo, vendo, percebendo, pensando e agindo com uma clareza muito maior. A maioria ficou no seu casulo paralisada pelo medo, aqueles que enfrentaram conseguem a clareza: o dom de ver aquilo que a maioria não ve, já que o medo as impediu de sair do lugar comum, do senso comum. Mas a clareza também tem seus perigos e muitos sucumbem.
Não é uma tarefa fácil lidar com a clareza em um mundo de cegos. Ver aquilo que outros não vêem é um desafio a ser enfrentado com serenidade e coragem. A sensação de isolamento é forte, um grande desafio a ser superado.
O que se pode ver com a clareza ninguém quer ver ou não consegue; o que outros vêem como verdade é apenas uma ilusão para quem tem a clareza. Muitos se assustam com o que vêem e outros começam a crer que são seres superiores por ter algo que a maioria não tem. Alguns se perdem em sua vaidade; outros não suportam o que vêem e perdem o equilíbrio mental; outros desistem de enxergar por sua visão parecer insuportável. Se há o dom para ver os Céus, com ele vem a visão das sombras. E muitos preferem não ver mais, são vencidos pela clareza ou pelo medo: os inimigos andam juntos.
Mas a clareza também pode ser utilizada como um poderoso aliado. Com firmeza, determinação e equilíbrio, podemos viver na loucura controlada. Saber que muito do que é considerado verdade é apenas uma loucura, uma construção histórica que em breve irá desabar também. E tentando ajudar nossos semelhantes a ter clareza também: para ter a visão que possibilite manter e ampliar o que é da Vida e lutar contra o que é da morte. Saber que quase tudo é uma loucura, mas manter a serenidade perante essa loucura.
Quando se vence o medo e a clareza, surge o terceiro inimigo: o poder. Com a capacidade de controlar o medo e com a poderosa visão que a clareza proporciona, naturalmente se adquire poder. A capacidade de influenciar outras pessoas, de transformar estruturas, de atingir objetivos com facilidade, de obter percepções extra-sensoriais, de mobilizar e canalizar intensas energias. E o poder é sedutor, um inimigo perigoso, tamanha sua força.
Depois de ter vencido o medo, conseguido a clareza e obtido poder, começam as tentações e testes. E muitos sucumbem. Ao invés do poder ser utilizado para abrir caminhos para a evolução humana e da sociedade, torna-se uma habilidade usada exclusivamente para proveito próprio, para satisfazer o ego. Surge a falsa necessidade de comandar, de ser um líder insubstituível, de ter a certeza sempre, de ter súditos e admiradores, de colocar as pessoas e processos sob controle pessoal. E esse processo nunca cessa: é preciso cada vez mais poder para se manter no poder.
E as pessoas se tornam escravos do poder, se perdem em seu ego e se tornam pessoas frágeis. Pessoas que externamente podem até ser vistas como poderosas, mas são crianças profissionais: brincam com a vida alheia sem responsabilidade, sem ter consciência de que os fantoches são eles. Na primeira decepção ou quando enfrentam um adversário de valor, colocam a culpa no mundo pela sua própria fraqueza: o poder sugou toda sua energia.
Esquecem que cada caminho é apenas um caminho e que cada um deve buscá-lo dentro de si, nos seus corações. Pode-se até auxiliar outras pessoas, mas ninguém tem autoridade para dizer para alguém qual é o melhor caminho a ser seguido. Isso cada um deve descobrir por si. O poder é realmente tentador e muitos sucumbem, talvez na classe política isso seja mais evidente, mas isso acontece em todas esferas da vida humana.
Só que o poder também pode ser utilizado como um aliado. Essa capacidade e esse brilho que o poder traz podem ser canalizados para o Espírito, pode-se agir de acordo com o Coração, pode-se colocar como um instrumento das Forças da Vida. Pode-se utilizar essa capacidade para construir um mundo melhor para todos, para transformar positivamente a vida dos que cruzam nosso caminho, ajudar as pessoas acender o próprio fogo interior, a transformar as estruturas da repetição, a criar a Diferença.
Enfim, pode-se usar o poder para quebrar os processos de reprodução desse descalabro social e ambiental: creio que é esse o desafio para quem adquiriu e está adquirindo poder. Um enorme desafio e que não se resolve de uma vez, é sempre um caminho, mas um caminho ao mesmo tempo individual e coletivo, um caminho com o coração, uma busca pela impecabilidade. É a ânsia pela perfeição, pela justiça, pela verdade. E isso se reflete em atos cotidianos, não apenas em grandes obras!
Por fim, há um inimigo que não pode ser vencido: a velhice. Todos, uma hora ou outra, sentirão suas marcas. Na verdade, podemos interpretar a vida como um processo de envelhecimento constante: de bebês à crianças, de crianças a adolescentes, de adolescentes a jovens adultos, de jovens adultos a jovens de meia-idade, da meia-idade à terceira idade. A velhice é o maior inimigo do homem, vai atingir os que sucumbiram ao medo, mas também aos que não sucumbiram; vai atingir os que se amedrontaram perante a clareza, mas também aos que conseguiram suportar a visão; vai atingir aos que adquiriram poder para o coletivo, mas também aos que se seduziram por suas falsas promessas.
Só que a velhice, que vai aos poucos limitando nosso corpo físico, traz a sabedoria caso seja enfrentada com dignidade. E isso dependerá de toda uma vida: que caminho escolhemos, quem escolhemos para caminhar ao lado, que decisões tomamos, de quem nos afastamos e de quem nos aproximamos, como cuidamos do nosso corpo, do nosso espírito e da nossa mente. É um novo desabrochar e não uma decadência. O que não podemos é deixar nosso espírito envelhecer: ele é eterno!
Podemos envelhecer com dignidade e acho que o melhor modo de fazer isso é disseminar sementes: para que as futuras gerações e os mais novos possam ter modelos em que se apoiarem, com base em belas palavras e ações que só a experiência ensina. Enfim, construir uma trajetória nesse planeta que não seja apenas sobrevivência e voltada para o próprio umbigo, mas construir uma vida que seja uma verdadeira obra de arte: uma busca por uma conduta impecável, um foco claro em iluminar a escuridão! E para isso não há um caminho pronto nem fórmulas pré-estabelecidas, há tantos caminhos quanto existem corações, cada um deve achar o seu.

(por Dr. Flávio Gikovate )
(Arte: “Castaneda” por Rose Feldtown) 
 

21 de julho de 2011

Tateando no Escuro

"É necessário tatear nas trevas, eu sei. A linha do destino nunca se apresenta muito clara aos olhos - mas a vida é assim mesmo. E é bom que a pessoa tenha que procurá-la; no próprio ato da busca, algo cresce dentro dela." (Osho)

29 de junho de 2011

Diferença Lógica Entre Religião e Espiritualidade






A religião não é apenas uma, são centenas.

A espiritualidade é apenas uma.

A religião é para os que dormem.

A espiritualidade é para os que estão despertos.



A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados.

A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.

A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.

A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.



A religião ameaça e amedronta.

A espiritualidade lhe dá Paz Interior.

A religião fala de pecado e de culpa.

A espiritualidade lhe diz: "aprenda com o erro"..



A religião reprime tudo, te faz falso.

A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!

A religião não é Deus.

A espiritualidade é Tudo e, portanto é Deus.



A religião inventa.

A espiritualidade descobre.

A religião não indaga nem questiona.

A espiritualidade questiona tudo.



A religião é humana, é uma organização com regras.

A espiritualidade é Divina, sem regras.

A religião é causa de divisões.

A espiritualidade é causa de União.



A religião lhe busca para que acredite.

A espiritualidade você tem que buscá-la.

A religião segue os preceitos de um livro sagrado.

A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.



A religião se alimenta do medo.

A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.

A religião faz viver no pensamento.

A espiritualidade faz Viver na Consciência..

A religião se ocupa com fazer.

A espiritualidade se ocupa com Ser.

A religião alimenta o ego.

A espiritualidade nos faz Transcender.



A religião nos faz renunciar ao mundo.

A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.

A religião é adoração.

A espiritualidade é Meditação.



A religião sonha com a glória e com o paraíso.

A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

A religião vive no passado e no futuro.

A espiritualidade vive no presente.



A religião enclausura nossa memória.

A espiritualidade liberta nossa Consciência.

A religião crê na vida eterna.

A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.



A religião promete para depois da morte.

A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.



Texto é do Prof. Dr. Guido Nunes Lopes, que escreve em seu blog:


Sou graduado em Licenciatura e Bacharelado em Física pela Universidade Federal do Amazonas (FUAM, 1986), Mestrado em Física Básica pelo Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IF São Carlos, 1988) e Doutorado em Ciências em Energia Nuclear na Agricultura pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA, 2001). Fui fundador e editor chefe (2004 a 2009) da Revista Brasileira de Agroambiente Agro@mbiente On-line (ISSN 1982-8470) do CCA /UFRR, e atualmente sou membro dos Conselhos Editoriais dos Períodicos: Revista Cathedral (impressa, ISSN 1808-2289), Ambiente: Gestão e Desenvolvimento (revista on-line, ISSN 1981-4127) e Mens Agitat (impressa, ISSN 1809-4791). Sou docente adjunto do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Roraima e membro titular fundador da Academia Roraimense de Ciências. Tenho experiência na área de Física Aplicada, com ênfase em informações sobre átomos e moléculas obtidos experimentalmente; instrumentação e técnicas analíticas, atuando principalmente nos seguintes temas: energias renováveis, tecnologia de irradiação, irrigação magnética e sistemas de informações.




















21 de abril de 2011

Além das Ilusões








Agora é Maya que se aproxima, com seu eterno problema: relacionamento.
Ela fala de seu namorado de dois anos atrás, Anando, um escultor, bastante carismático.

MAYA: Quando eu estava com o Anando eu sentia um incrível fluir, um êxtase – era lindo. 
Desde então eu tenho tido relacionamentos, mas eles não são a mesma coisa, nem têm a mesma intensidade, nem a mesma magia. Eu me sinto apegada ao Anando, à sua imagem.
Eu não sei se isto é um apego neurótico ou se nós somos almas gêmeas.
O que devo fazer?

OSHO: Tudo isso são ilusões que pouco a pouco irão desaparecer. 
O primeiro amor é sempre muito extático, porque é a primeira ilusão. Na segunda vez, você está um pouco mais madura e então já não é do mesmo jeito. Na terceira vez, você já conhece tudo por dentro e por fora, e fica pensando que talvez o motivo seja a pessoa. Não é. Se você voltar a ter novamente um relacionamento com ele, você ficará desiludida. 
Não haverá aquela magia de novo. Aquela magia não pode voltar, não tem jeito. 
O primeiro amor tem uma magia que o segundo não consegue ter.
E mesmo se você permanecer com aquele namorado, a magia também irá desaparecer. Isto nada tem a ver com você mudar de namorado. Mesmo se você se casar com a pessoa e viver com ela para o resto de sua vida, aqueles dias de lua de mel nunca mais voltarão. 
É por isto que existe lua de mel. Toda a vida da pessoa será apenas uma lembrança, uma nostalgia. Tudo isso são ilusões – belas ilusões, doces sonhos, mas sonhos, todos iguais.
A pessoa tem que amadurecer e ela só amadurece ao experienciar frustrações. 
Um nó é desfeito, depois outro nó é desfeito. Isto machuca.
A pessoa fica brava, com raiva, mas aos poucos ela vai compreendendo que chegará o dia em que todos os brinquedos serão tirados dela. Este é o caminho do crescimento. 
Um dia chegará, e este será o mais afortunado dos dias, quando você puder viver sem ilusões, quando puder viver sem magias, quando puder viver tranquilamente, silenciosamente, sem qualquer anseio por excitações. E então um tipo totalmente diferente de vida começará a crescer em você. Tal vida tem valor e verdade. 

Esses casos amorosos, esses relacionamentos, são bons, mas eles têm que passar. 
Eu não sou contra eles. Quando os chamo de ilusões, eu não estou dizendo que sou contra eles. Eu sou totalmente a favor deles, porque você somente consegue crescer, através dessas ilusões. Você   somente consegue crescer através de frustrações, não existe outra maneira. Cada sucesso e cada fracasso contribuem para o crescimento. 
O fracasso contribui mais que o sucesso, pois o sucesso cria mais ilusões enquanto o fracasso simplesmente abre seus olhos para a realidade. A mente não quer ver a realidade, assim ela continua tramando novos sonhos.

Agora a mente está   pensando ‘Talvez nós sejamos almas gêmeas’. Ninguém é. 
Mas a verdade dói muito. Por isto as pessoas não gostam dela. 
Elas gostam de viver na ilusão, elas gostam quando suas ilusões são melhoradas e reforçadas. Apenas olhe bem dentro de seu coração: no fundo, você gostaria que a sua ilusão fosse reforçada, que eu a reforçasse, que eu a alimentasse, que eu cuidasse dela. 
Mas eu não posso fazer isto. E você não precisa disso mais.  Quando eu vejo que alguém precisa disso, eu reforço.  Reforço a ilusão e continuo reforçando até chegar o ponto em que sei que a ilusão pode se despedaçar. A sua hora já chegou, ela tem que ser despedaçada – chega de ilusões. 
E há um tipo de amor que surge quando todas as ilusões desaparecem. É o que eu chamo de amor verdadeiro. A não ser este amor, todos os demais são infantilidades, são do tipo ‘amor ao seu animalzinho de estimação’. Você pode crescer neste exato momento ou pode voltar novamente ao círculo vicioso. E este tem sido o seu esforço: trocando de namorados, em busca daquele êxtase. Ele não vai acontecer. 

Não é por acidente que todas as civilizações no passado insistiram na virgindade. 
Isto tem uma certa razão: se a mulher permanecer virgem, então o casamento começará com uma grande magia. Se a mulher não é virgem, então o casamento começará sem aquela ilusão.
E lembre-se: o homem nunca sente aquele tipo de êxtase que a mulher sente, porque o homem vive mais na cabeça que no coração. Ele é mais matemático que mágico, ele calcula.  Assim, todas as velhas civilizações permitiram ao homem perder sua virgindade.  Isto não era um grande problema, porque mesmo o seu primeiro amor não é grande, assim ele não vai perder muito. Isto nada tem a ver com desigualdade entre homens e mulheres, como o movimento ‘Lib’ gostaria que fosse. A verdade é que o homem não tem uma energia mágica a respeito do amor; o seu amor permanece uma coisa entre outras coisas.  Algumas vezes a sua magia é liberada mais através de outras coisas do que através do amor. 

Aquela ilusão nunca voltará; E não pense que isto é alguma coisa infeliz. A pessoa tem que ir além da ilusão. Existe uma outra magia para ser conhecida. O amor é uma magia muito biológica, hormonal, química. Injetando alguma química, aquela magia pode ser melhorada, induzida, muita coisa pode ser feita àquela magia. Ela não é muito espiritual nem muito significante. Busque. Existe uma outra magia. Isto é o que estou tentando tornar disponível aqui: a outra magia. 
E existe uma magia que vem através da verdade. Somente esta é duradoura; somente esta é eterna.

 A magia que vem junto com uma mentira vai desaparecer mais cedo ou mais tarde. 
O chamado amor é um truque biológico. A natureza tem enganado as pessoas.
A natureza quer persistir, ela quer viver, ela quer continuar a vida. Ela ilude as pessoas através do amor. O amor é um truque da natureza para manter a vida fluindo. Você pode morrer, mas seus filhos continuarão a viver, e depois os filhos deles.  Se o amor desaparecer, quem vai querer reproduzir crianças? Aquela magia tem um propósito em si. 

Mas existe um outro tipo de magia que surge como uma fragrância da verdade.  Agora procure por ela. E eu não estou lhe dizendo para parar de se relacionar com as pessoas. Relacione-se, mas sabendo que um jogo é um jogo. Jogue-o, e jogue com beleza e arte, esteticamente. Mas, já é tempo de você tornar-se um pouco mais madura. 

Procure internamente agora. Permita que a meditação seja o seu amor agora. 
Todos os relacionamentos devem continuar na periferia, mas não invista muito neles e não anseie por aquele paraíso perdido. Ele nunca será recuperado. Se você quiser recuperá-lo, terá que renascer novamente. Somente quando ele for de novo o primeiro amor e você tiver se esquecido completamente dele, então poderá ser novamente iludida por ele, não de outra maneira.  
Maya, mm? Veja o nome que eu lhe dei! Maya significa ilusão.

                                     
  
OSHO – (A Darshan Diary)
                                          
 Tradução: Sw. Bodhi Champak: OSHO BRASIL


OSHO INTERNATIONAL FOUNDATION, Suiça. 

Copyright © 2006 
Todos os direitos reservados. 



19 de março de 2011

...

 
 
A pior ignorância não é a de quem não sabe, mas a de quem não sabe e pensa que sabe.
              - nayre


Licença Creative Commons
Este obra foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em esoterologia.blogspot.com.br.

10 de março de 2011

O sadismo e o masoquismo dos nossos tempos

        

Agora quero falar um pouco sobre um assunto frequentemente maquiado no nosso dia-a-dia e vendido - superficial e inconscientemente como uma força necessária para se manter o "equillíbrio" da satisfação entre casais modernos. O sadomasoquismo (psicológico ou físico) que se faz muito presente entre a nova geração de adultos e já começa a ser um dos quesitos básicos para quem quer ser "descolado" (pseudo-sábio) no que se refere aos requintes de prazer na hora do sexo. 

***

Doença, tendência natural ou falta de equilíbrio pessoal? 

A vida, para ser valorizada, precisa ser vasculhada em toda a sua extensão, por isso decidi observar, mergulhando na psicopatologia, pelas portas das trevas adentro, sem me envolver  diretamente,  para poder entender e apreciar melhor as alturas Etéreas.

Bem, para começar, vamos lembrar quem foi o homem  precursor desta prática um tanto antiga: o parisiense Donatien Alphonse François de Sade, o marquês de Sade (* 1740 /  + 1814)  foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na Prisão da Bastilha, encarcerado diversas vezes, inclusive por Napoleão Bonaparte. De seu nome surge o termo médico sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros.

O criador desse tipo de fetiche era um aristocrata.  Sim, porque muito provavelmente uma  pessoa que sinta a necessidade de ser agredida ou agredir outra e ainda sentir prazer (alívio fisico) o faz pelo simples fato de sua vida ser branda demais... Tudo certinho, educação rígida em casa, falta de situações de risco, pois não lhes falta nada  e sobra O Quê? TÉDIO... Muito tédio.

Já notaram que pessoas mais despojadas como monges, eremitas urbanos e gente mais simples não se interessam por esse tipo de loucura, não vão atrás de situações perigosas porque a vida delas já é um martírio? Passam por provações diárias e o que elas mais querem é viver em paz, amar em paz. 
Há uma busca constante pela luz, não pelo perigo.

A pessoa endinheirada, aquela que não precisa se preocupar com o aspecto material, pois está cercada pela riqueza, passa longas fases à procura de loucura, tempestades mentais, paixões avassaladoras e trovoadas ressonantes... Ela precisa disso! Claro. São elementos em falta no seu sangue, precisa escoar essa energia, toda essa adrenalina e hormônios, pois tem uma vida muito cerceada, se aborrece facilmente, carece de aventura. Li num livro de Moacyr Scliar que pessoas cujo genitor se comportou com elas de maneira autoritária e rígida, têm tendência a sentir prazer (quase que sexual mesmo) em maltratar o amante ou parceiro. Assimilaram e reproduziram o comportamento do pai como compensação e auto-afirmação.

Já o asceta, aquele que se priva de prazeres mais vulgares, não busca cegamente o que é psicologicamente desequilibrante, pois sente necessidade de um outro tipo de prazer, é um outro nível de percepção. Ele só deseja paz de espírito, pois sabe que a única forma de sentir o profundo gosto das coisas é estando limpo.  

Hoje entendo aquela frase: "É mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha do que um rico entrar no reino dos céus". É a velha constatação de que a matéria nos torna insaciáveis... A matéria e tudo o que se busca fora de si mesmo, nunca irá saciar ninguém. Por isso concordo com Osho quando ele diz: "Sê inteiro para amar, não existe a outra parte da laranja..." Não busquemos o equilíbrio fora, passando a responsabilidade da nossa felicidade para outra pessoa, mas sejamos inteiros para encontrar  antes de tudo o equilíbrio dentro de si. Como disse Jesus: "largue o pai, a mãe, os bens e me siga", ou seja, siga a luz crística que habita em você e não as coisas mundanas... Mas poucas pessoas sabem o que é isso, enfim... Cada um tem o seu ópium e seu grau º de consciência.

Fico pensando na minha vida... Aparentemente sóbria, simples e básica... Mas dentro de mim uma infinidade de nuances cintila diariamente. Eu não busco o sexo... Por incrível que pareça, quanto mais fujo dele, mais ele me persegue... Mas por enquanto eu só quero morrer por 1/2 hora de um orgasmo mental no chakra coronário, afinal, eu já estou de cara mesmo... 

Porque algumas pessoas são afortunadas e outras não? Resposta - Ter dinheiro nem sempre é sinal de prosperidade. Parto do princípio de que devemos buscar primeiro as coisas do espírito e todo o restante (em prazer) nos será turbinadamente acrescentado, mas quantos estão acordados para essa realidade? Quantos estão preparados para pagar o preço de ser feliz ? Recebemos exatamente aquilo que buscamos. Mas será que você tem procurado no lugar certo?


 Nayre

"Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível." (Mahatma Gandhi)

 Link: 
Quando a roleta russa do sexo dá morte




Licença Creative Commons
Este obra foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em esoterologia.blogspot.com.br.

24 de outubro de 2010

Eu Aprendi

Merci au photographe Amani Hasan
    

 Escrevi essas palavras no Domingo de 27 de Janeiro de 2008. E por incrível que pareça, hoje ainda penso da mesma forma...

. Uma forma nova de ver as coisas: em tudo na vida não existe regra marcada de certo e errado. Existem "Possibilidades". É uma lei física.
. Só podemos ser 'nós mesmos' quando estamos calmos (centrados).
. A expressão utópica existe para que andemos para frente. É isso o que nós somos: movimento e expansão... As maiores descobertas são inicialmente tidas como tolice pelos conservadores, que passam a adotá-las com o tempo.
. Se você chegou a algum lugar bonito de conforto e de paz (dentro de você mesmo), é porque completou um ciclo com sucesso. Se você sofreu no caminho é porque isso faz parte do processo. Esse 'sofrer' é apenas um processo de crescimento.
. Ensine o que você sabe. Não retenha seu conhecimento. Compartilhar sua experiência lhe deixará mais feliz. Mas não espere o reconhecimento das pessoas. Nenhum ser humano jamais conseguiu unanimidade absoluta. A verdadeira generosidade não espera nada em troca. Mesmo porque as pessoas só dão o que elas têm para dar.
. Não tenha vergonha de perguntar quando não souber.
. Veja-se de forma realista. É a única maneira de avaliar-se com honestidade para progredir de fato e se libertar do sofrimento gerado pela ilusão de uma falsa auto-imagem.
. Mesmo que você não se identifique com nada do que eu disse; acima de tudo ame-se, sinta-se e seja livre.
. Como está até nas escrituras, viva a sua Paixão e "descubra onde está seu coração, pois lá estará o seu tesouro. "
. Estamos aqui para reconhecer "o que" realmente vale a pena.
. Melhor umas lágrimas na pureza do que uma alegria vil. Mesmo assim, sempre lute para ser feliz...
. Mudei bastante a minha opinião sobre internet. Acho que isso aqui não é só energia mental. Se você souber aproveitar, pode ser uma energia muito sutil e benéfica. Como tudo na vida, vai depender de como você está naquele momento.
. Eu sou o senhor do meu destino, eu sou o comandante da minha vida.
. Não espere que "o mundo" facilite as coisas pra você ser feliz.  A felicidade vem da sua habilidade de enfrentar com dignidade a diversidade da vida.
. Não espere que a paz venha primeiro de fora para adentrá-la. Se quer paz de verdade, Seja paz. Todas as coisas boas estão ilimitadamente disponíveis dentro de nós mesmos, basta aprendermos o equilíbrio onde quer que nos encontremos.
. Harmonizar para doar.

Nayre Fernandes 27/01/08.


Licença Creative Commons
Este trabalho foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Baseado no trabalho em esoterologia.blogspot.com.br.





'Minhas Mandas, bênção da minha floresta, trazem a cura para minha alma viajante, buscadora. Sonhos, esperanças, flores da minha essência, janelas e portas para meu interior...

Minha criança alegre, Minha velha sábia...'

(Simone Bichara)