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8 de setembro de 2015

Reconhecendo o Bem




“… uma verdade que o homem deve inscrever na alma como uma elevada moral: Quando vires no mundo algo mau, não digas eis algo mau e, portanto, imperfeito, mas pergunta: Como posso evoluir para o conhecimento de que, num contexto superior da sabedoria existente no Cosmo, esse algo mau será transformado em algo bom? Como chegarei a dizer que o fato de eu ver aqui algo imperfeito ocorre por eu não estar ainda avançado a ponto de ver também a perfeição desse algo imperfeito? Ao ver algo mau, o homem deve contemplar sua própria alma e perguntar-se: Como é que não estou tão avançado para, ao me defrontar com algo mau, reconhecer nele algo bom?”
Rudolf Steiner – O Evangelho Segundo João

23 de julho de 2015

Níveis

- Por Nicole Kollross



Somos compostos por diversos níveis. Desde o mais sutil até o mais denso. Em ordem: monádico, intuicional, racional, emocional, energético sutil, energético denso e kundalínico. 
Nós seres humanos (em teoria) estamos no nível racional. Teu cachorrinho é o emocional. Uma plantinha está no energético sutil e uma pedra no energético denso. Soube disso numa palestra com o queridíssimo Professor Rô. 

Gosto de explicar isso pra quem quiser entender. Concordo e me identifico com essa classificação. Dentro de mim faz completa lógica. Organiza meus conhecimentos e minha forma de entender o mundo. 

Não somos UMA das sete fases. São níveis de percepção. Você entende o universo a sua volta de forma completamente diferente de seu animalzinho de estimação porque - além de kundalínico, energético denso e sutil e emocional - você também possui a ferramenta do racional. São vias de acesso que somam, não que excluem. 


Uma distância ainda maior está entre você e a "alface nossa de cada dia". Ei, antes de me chamarem de "assassina sanguinária de alfaces inocentes" por ser vegetariana... Calma lá! Sim, as plantas respondem aos estímulos externos (como conversas e músicas) mas não de forma emocional e sim energética. Existem energias das mais variadas frequências. Desde elevadérrimamente sutis até mega hiper supra densas. Se você xingar uma planta ela não vai ficar triste, mas sim responder ao teu estímulo energético negativo. 



Grandes ícones históricos como Jesus, Shiva e Buda - em teoria e generalizando - teriam entrado nos estados intuicionais e monádicos. Crianças índigos e cristais (ou, como queira chamar "espíritos mais evoluídos") estariam respectivamente nesses tais estados. Boa hora para contar que o estado monádico se divide em dois: um em que a personalidade ainda se manifesta e outro em que não (o EU deixa de fazer sentido e de existir).
Uma boa forma para entender é a exemplificação (vou resumir em racional, intuicional e monádico - afinal, os "inferiores" todo mundo conhece e entende muito bem ): 
°Racional- O EU se vê como algo completamente independente das pessoas e das coisas a sua volta, o interesse está no individual. 
°Intuicional- O EU se vê como algo completamente interligado às pessoas e às coisas a sua volta, o interesse se encontra no coletivo.
°Monádico- O EU é as pessoas e as coisas em volta. 


É importante deixar bem claro que independente do seu nível de consciência, somos todos parte de uma mesma equação matemática e exata. É extrema pretensão achar que se tem mais valor que outra pessoa (ou mesmo que uma cenoura ou pedra). Me assusto com esses movimentos "new age" que estão mistificando e hierarquizando cada vez mais um processo natural e contínuo que é a tal evolução. Faz parte da natureza do homem cada um (e todos eles) se acharem únicos e muito especiais (resumindo: cada um se acha diferente e além de todo o resto). Mas isso assumir - já não basta todas as religiões que já temos - uma visão dogmática e seletiva... Ai, me dói o coração. 



Cuidado com tuas certezas. Elas te servem para evoluir, não prender. Sei que isso que vou falar pode parecer coisa do tipo "salvem as baleias", mas... Procure teu amor incondicional. Tenha a flexibilidade, força e humildade para estar aberto aos seus processos. Encontre sua fé dentro de si, e independente de qualquer religião ou seita. A fé que determina as religiões, e não o contrário. 



Nicole Koll

8 de setembro de 2014

A Mulher era Ela

Por mim. E só por mim. Por eu ser linda e ter amado. Por eu ser linda e ter amado Muito. EU ASSUMO : ela era a moça mais ousada e linda que já conheci. Ela era tímida e não sabia. Eu sabia da sua e da minha própria timidez, mas ela nem sequer sonhava o quão frágil e musical eu vivia por dentro das minhas vísceras...

Não tem grilo, 'my love'... Eu digo...Seu ouvido nunca foi seletivo para o meu inglês de OvO de pterodátilo, porque la no seu coração etéreo de bruxa ela me amava.

E nem sabe que aqueles comentários no seu texto eram meus... Porque ingenuamente eu, que na verdade era menina da história, estava preocupada que seus orgasmos - ela sim, a Mulher - danificassem seus sentidos mais sutis e a enlouquecesse... Até hoje não descobri se isso teve algum grau de utilidade na vida dela... Afinal, era um relacionamento místico, porém à distância. Obra kundalínica de algum DEUS PAGÃO que nos escoltava por aí... Mas, como uma boa criança sonhadora... Eu tentei salvá-la do dragão malvado... rs. Nunca soube se existiu a saga que entrevi pelas frestas da noite. Mas enfim... Se o mundo é dos que sonham eu vivi o mundo, para hoje, acordada, estar contando.
Os comentários anônimos foram meus sim. Eu bem que podia ter assinado com o meu nome na época, mas daí ela ficaria sabendo antes do tempo que eu era somente uma viajante do futuro. Entendeu? Não? Não tem problema... Estou acostumada a sentir tudo CALADA até o osso gemer e o vento cantar.

Para Ana Marques

(Nayre)



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15 de novembro de 2011

A Raiva Como Instrumento de Justiça

Ao contrário do que o senso comum apregoa, a raiva não é um atributo somente dos delinquentes, dos párias, dos psicóticos. Pessoas absolutamente evoluídas ou elevadas espiritualmente também fazem uso desse instinto como recurso último de justiça e de defesa. Basta lembrar de Jesus furioso expulsando os vendilhões do templo. Em relatos espíritas, mais exatamente nas obras de Ramatis, ireis encontrar vasto material sobre o modo de vida de Jesus. Num desses relatos, o espírito afirma por meio de Registros Akáshicos que Ele no momento em que chicoteava e destruía as bancas de vendas montadas na entrada do templo, apesar de enérgico ele tinha lágrimas nos olhos. A raiva dele era total e pura, sem nenhum traço de maldade! Ao contrário do maldoso por gosto, por mania, por hobby, por gen que não expressa outra emoção neste momento que não seja a satisfação mal dissimulada.   

" A pessoa cruel não sente raiva, ela ama torturar o outro, sem nenhum tipo de romorso ".

(Nayre)
 
 
 




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Baseado no trabalho em esoterologia.blogspot.com.br.

12 de novembro de 2011

Desapego




Ter – verbo intransitório.



(Fraga)



O dia descamba na praça. Hora de escambo: dou meu olhar, o sol me dá seu pôr. Raios aquarelados tingem as pessoas, etnia nova em torno de bolas. Jogos na quadra, eu no jirau do banco, julgando as gingas juvenis.



De repente, o homem e seu enferrujado carrinho de supermercado param por perto. Troco o alambrado pelo gradeado do carrinho. Através da trama de metal invado sua propriedade. Tudo o que tem na vida, à vista. Enquanto não me nota, catalogo o que cata: utensílios sem utilidade (para mim), velha valise valiosa (para ele), lataria, embalagens plásticas, e sacões e sacolas cheias de sacos cheios de saquinhos. Todo o seu tesouro. Amarrado às laterais, atrás, à frente, patrimônio incomensurável, além de irrespirável. O homem mexe, remexe, remelexe. Tudo exclusivo de seus gadanhos.



Esse proprietário do nada me inquieta. Automaticamente, meto as mãos nos meus poucos e próprios bolsos. Faço um balanço instantâneo de posses. E indagações se apossam de mim: o que possui esse desvairado? O que acumula alguém que nem razão tem mais? Diante dos meus olhos voltados para outros tempos, uma fila de insanos ajuntadores de trecos. Como nas ruas, se multiplicam na memória.



Reparo e separo bem: não são mendigos, papeleiros – não é a sobrevivência que move esses pirados. Desfilam para a minha incompreensão, todos firmemente agarrados a seus embrulhos, trouxas, caixas. Quasímodos com pacotes mal-feitos e desfeitos no menos cotidiano dos cotidianos. O que possuem tais mentes? Quanto carregam de seu, de si, para si? O que os impele a agregar mais e mais do menos? Tiro as mãos dos bolsos, vazias de sentido.



O homem do carrinho não olha o jogo, não olha nada nem ninguém. Se ocupa de sua tralha. Revira o revirado, de novo, e outra vez. Afrouxa e aperta nós; desfaz e refaz amarras, agitado sempre. Está atado ao que juntou. Protege seus bens com cordões que já foram coloridos, barbantes emendados, fios em frangalhos. Um dispensável desvelo protecionista, dada a desimportância da sua imunda riqueza para a rapinagem reinante ao redor. O homem apalpa cada saco, radar tátil a confirmar conteúdos, ri quando reconhece posses extraviadas no monturo móvel. Breve sossego: mão pousada num “meu”. A mão alça vôo, recomeça a busca. Estouram bolas no alambrado, ele não reage. Desplugados não se assustam.



Por que e para que somos donos? Sãos ou não, de quinquilharias nos enchemos, abarrotados de badulaques. Muletas luxuosas, bengalas miseráveis. Mais vultos assomam, sobrecarregados de pertences despossuídos por outros. E os sacos, os sacos, sacos e sacos, sacos e mais sacos. Os mais malucos entre os mais doidos varridos, os que não vêem o mundo que vemos, principalmente eles, não tinham, nunca, as mãos livres. Sobraçavam seus volumes em zelo animalesco, ciumento e temeroso, o possessivo elevado à irracionalidade. Que residual sentimento de posse perdura neles? Por que tal instinto prevalece enquanto ruíram os demais? E qual loucura enlouquece tanto a tantos mas nunca a ponto de desligar o mecanismo da mão possessiva na direçăo de quaisquer coisas?



A mão não pára, pendura sacos. Talvez os últimos ganchos enganchados na realidade. O homem do carrinho some enquanto penso no que tenho ou não tenho. No que tive e deixei de ter, no que quis ter e não consegui, no que pude e não quis ter. Rol imaterial maior que o rol material. As sombras catadoras saem da imaginaçăo. Desaparecem no lusco-fusco da praça. O jogo cessou, outras sombras apanham roupas, objetos, ninguém sai sem nada da quadra. Pego minha bolsa no banco e me vou. Dedos sem convicção sustêm a alça da minha lucidez.



(Texto do Fraga)

20 de julho de 2011

A natureza está muito além das conceitualizações estabelecidas

Luz & Sombra sempre existiram no interior do ser humano. Mas é exatamente por causa desse contrastante conflito interno que nós evoluímos. É nas lutas que o Espírito humano empreende na vida que a alma adquire profundidade. Trazendo a própria obscuridade ao nível da consciência, para que seja transmutada em luz, trazemos à claridade algo em nós que antes, ignorávamos. Geralmente temos necessidade de nos livrarmos constantemente de dogmas e erros que se incrustam nos nossos corpos, e que por serem tidos como verdades absolutas pela grande maioria das pessoas, as que têm preguiça de pensar, de vivenciar os próprios desafios, confunde-se muito o Bem Maior com definições arcaicas e engessadas do que seja considerado bom ou mau. É importante lembrar que o ponto luminoso da vida está sempre se deslocando, girando, se reagrupando, se reequilibrando, é o TAO. O universo gira e se movimenta ao mesmo tempo. E não é raro que nos encontremos constantemente formulando conceitos pré-estabelecendo tudo. Como se tivéssemos de definir a vida para o mundo... Entiquetar e engavetar... E esse método até certo ponto é válido, afinal, para nos comunicarmos com os outros, temos que nos organizar e nos fazer entender, não é mesmo?
E nessas horas as palavras bem ditas ( benditas )  podem ser um santo remédio. Então tentamos dizer ao outro - que é tão importante para nós - porque nós queremos ser compreendidos, ora. Saber que não estamos loucos ou sozinhos nessa coisa imensa que é a vida... Mas na mistura com o mundo, nessa mistura toda aí, nós herdamos signos estabelecidos culturalmente que não são, propriamente nossos, e muitas vezes ao invés de fazerem o papel da ''linguagem universal'', torna tudo padronizado.
Mas nós agora despertamos pra essa falha e resolvemos quebrar todas essas fôrmas de gesso: essa maneira superficial e rápida de ver o outro. 

Penso, nesse momento, na autonomia que tenho para avaliar  tudo o que passa por mim...

O que é amargo na vida, não deve ser sempre, necessariamente ruim, mas também pode ser sim, pura crueldade gratuita. O que é doce pode ser maravilhoso se for a hora de se florescer, mas também pode ser algo totalmente artificial e fora de hora. Há todo um processo para sentir além dos conceitos. Esse é o verdadeiro processo de iluminação consciente. E não esse aceitar da ignorância interna passivamente e afirmar: ''eu sou assim mesmo, tenho o bem e o mal dentro de mim e será sempre assim''... Permanecendo na posição cômoda, sendo capaz de passar a vida semi-consciente, sem nunca conseguir superar esse dualismo mental que geralmente tem raízes na vaidade, no egocentrismo, no egoísmo imediato, na busca inútil  e incessante da mente por nada que nunca termina, a não ser quando já não podemos fazer mais nada do que ter de tapar toda essa angústia gerada com "drogas de aluguel", seja em forma de banalização do sexo, do uso de potencializadores (álcool e afins) sem noção do sagrado, o lazer sem sentido (quem se  habitua a festa rotineira de final de semana,  a certa altura da vida nem se lembra mais porque está festando) . É um círculo vicioso que não acorda para atingir o centro de si, penetrando no cerne da compreensão. 

E há tanto para se aprender diariamente...

A vida nos empurra diariamente para o auto-conhecimento (algo tão amplo!) ,  o auto-questionamento: tipo, será que estou sendo razoável com o outro, ou considerando a sua bagagem de vida  e me preocupando com o que o outro pensa/sente ou só estou pensando em passar o recado do meu ego querido e recalcado?

Então, qual seria o propósito maior de estarmos aqui, senão é o de auto-aperfeiçoamento?
A vida é um grande laboratório... A Terra é uma grande mãe acolhedora.
Não disperdicemos nossas ricas viagens neste planeta com coisinhas insignificantes.

(nayre)










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