17 de agosto de 2012

Amem...





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Você tem de tornar seu amor mais como uma oração, você tem de tornar seu sexo mais amoroso. Pouco a pouco, o sexo tem de ser transformado numa atividade sagrada. Ele tem de ser elevado. Em vez de o sexo puxá-lo para baixo, para o lodo da humanidade, você pode puxar o sexo para cima.
A mesma energia que o puxa para baixo pode puxá-lo para cima, e a mesma energia pode dar-lhe asas. Ela tem um tremendo poder. Certamente, é a coisa mais poderosa do mundo, porque toda a vida surge dela. Se ela pode dar nascimento a uma criança, a uma nova vida, se ela pode trazer uma nova vida para a existência, você bem pode imaginar o seu potencial: ela pode lhe trazer uma nova vida também. Assim como ela pode trazer uma nova criança para o mundo, ela pode dar-lhe um novo nascimento.
E é isso que Jesus quer dizer quando assim fala a Nicodemus: “A menos que você nasça novamente, você não poderá entrar no meu reino de Deus” — a menos que você renasça, a menos que você seja capaz de dar nascimento a si mesmo, uma nova visão, uma nova qualidade para suas energias, uma nova afinação para seu instrumento. Seu instrumento contém grande música, mas você precisa aprender a tocá-lo.
O sexo tem que se tornar uma grande arte meditativa. Essa é a contribuição do tantra para o mundo. A contribuição do tantra é máxima, porque ele lhe dá chaves para transformar o mais baixo no mais alto. Ele lhe dá chaves para transformar a lama em lótus.
Trata-se de uma das maiores ciências que já surgiram, mas por causa dos moralistas e dos puritanos, e das pessoas chamadas de religiosas, não se permitiu que o tantra ajudasse as pessoas. Suas escrituras foram queimadas, milhares de mestres tântricos foram mortos, queimados vivos. Toda a tradição quase inteiramente destruída, pessoas forçadas a se esconder.
Outro dia eu recebi uma carta de saniássins meus, dos Estados Unidos, dizendo que as pessoas de Gurdjieff são tão perseguidas pelo governo que elas decidiram se ocultar. Eles me escreveram: “Estamos achando que, mais cedo ou mais tarde, isso vai acontecer conosco. Devemos começar a nos preparar de modo que, caso venha a acontecer conosco, nós também possamos começar a trabalhar de urna maneira oculta?”
É possível, porque tem sido sempre assim. O trabalho de Gurdjieff também consiste em transformar a energia sexual numa integração interior — a igreja organizada está sempre contra qualquer esforço desse tipo.
Meu trabalho é impedido de todas as maneiras, meu povo é apoquentado de diferentes maneiras. Há alguns dias, o parlamento indiano discutiu, por uma hora, o que deveria ser feito comigo — como se este país não tivesse nenhum outro problema para ser discutido. Tanto medo!
E eu não estou fazendo nenhum mal a ninguém! Eu nem sequer saio para o lado de fora do portão! E, pelo menos, este tanto de liberdade é direito de nascimento de todo mundo. Se alguém quer vir a mim e quer se transformar, não é da alçada de ninguém interferir. Eu não vou até as pessoas. Se as pessoas vêm a mim e querem ser transformadas…
Que tipo de democracia é esta? Mas políticos e sacerdotes estúpidos têm estado sempre em conluio. Eles não querem que as pessoas se transformem, porque uma pessoa transformada deixa de estar sob a dominação deles. Pessoas transformadas tornam-se independentes, livres; pessoas transformadas tornam-se tão alertas e tão inteligentes que podem identificar todos os jogos dos políticos e dos sacerdotes.
Então, elas não são mais seguidoras de ninguém. Elas começam a viver uma vida completamente nova — não a vida da multidão, mas a vida do indivíduo. Elas se tornam leões; deixam de ser ovelhas.
os políticos e os sacerdotes estão interessados em que cada ser humano permaneça uma ovelha. Somente assim eles podem ser pastores, líderes, grandes líderes. Pessoas medíocres e estúpidas fingindo-se de grandes líderes! Mas isso só é possível quando toda a humanidade permanece num grau muito baixo de inteligência, quando ela é mantida reprimida.
Até agora só dois experimentos foram feitos. Um foi a indulgência, que fracassou e que está sendo tentada novamente no Ocidente e vai fracassar novamente, fracassar completamente. O outro foi a renúncia, uma tentativa do Oriente e, também, do cristianismo no Ocidente. Também fracassou, fracassou completamente.
Um novo experimento é necessário, urgentemente necessário. O homem está vivendo num grande torvelinho, numa grande confusão. Aonde ir? O que fazer consigo mesmo? Eu não estou dizendo para renunciar ao sexo; estou dizendo para transformá-lo. Ele não precisa permanecer simplesmente biológico: traga alguma espiritualidade para ele.
Enquanto estiver fazendo amor, medite também. Enquanto estiver fazendo amor, mantenha-se num estado devocional. O amor não deve ser apenas um ato físico;derrame sua alma nele. Então, lenta, lentamente, a dor começa a desaparecer e a energia contida na dor é liberada e torna-se cada vez mais uma bem-aventurança. Então, a agonia é transformada em êxtase.
Você diz: “Eu me apaixonei e sofri demais“. Você é abençoada. As pessoas realmente pobres são aquelas que nunca se apaixonaram e nunca sofreram. Elas, absolutamente, não viveram. Apaixonar-se e sofrer no amor é bom. É passar pelo fogo; purifica, lhe dáinsights, torna-o mais alerta. Esse é o desafio a ser aceito. Aqueles que não aceitam esse desafio permanecem fracos.
Você diz: “Eu me apaixonei e sofri demais. Depois de ouvi-lo, eu me senti sem vontade de deixar o sonho continuar, pois meu caso de amor no final, não conduzirá à satisfação“. Eu não estou dizendo para abandonar seu amor; estou simplesmente expondo um fato: que ele não lhe trará o contentamento definitivo.
Não está em minhas mãos transformar a natureza das coisas. Estou simplesmentedeclarando um fato. Se estivesse em minhas mãos, eu gostaria que você conseguisse o contentamento definitivo no amor. Mas isso não acontece. O que podemos fazer? Dois mais dois são quatro.
É uma lei fundamental da vida que o amor o leve a insatisfações cada vez mais profundas. No final, o amor o leva a tal descontentamento que você começa a ansiar pelo derradeiro amado, Deus, você começa a buscar pelo derradeiro caso de amor.
sânias é um caso de amor derradeiro, é a busca por Deus, a busca pela verdade. Ele só é possível quando você já fracassou muitas vezes, amou e sofreu, e cada sofrimento lhe trouxe cada vez mais e mais consciência, cada vez mais e mais compreensão.
Um dia vem o reconhecimento de que o amor pode lhe dar alguns vislumbres — e esses vislumbres são bons, e esses vislumbres são vislumbres de Deus —, mas ele só pode lhe dar vislumbres. Mais não é possível. Mas isso também já é muito: sem esses vislumbres, você nunca irá procurar nem irá buscar Deus.
Aqueles que não amaram e sofreram nunca se tornaram buscadores de Deus — eles não podem, eles não conseguiram essa riqueza, não se tornaram merecedores dela. É um direito exclusivo do amante, um dia, começar a buscar pelo derradeiro amado.
Ame, e ame mais profundamente. Sofra, e sofra mais profundamente. Ame e sofra totalmente, porque é assim que o ouro impuro passa pelo fogo e se torna ouro puro.
Eu não estou lhe dizendo para fugir dos seus casos de amor. Vá fundo neles. Eu ajudo meus saniássins a entrarem no amor porque eu sei que o amor, no final, fracassa.
E a menos que eles saibam por experiência própria que o amor, no final, fracassa, a busca por Deus permanecerá falsa.
Osho, em “Vida, Amor e Riso”

16 de junho de 2012

raridade


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Meu coração,

um vaso chinês

em caquinhos




c.u.i.d.a.d.o.s.a.m.e.n.t.e colados




(Nayre)


















Licença Creative Commons
Este trabalho de Nayre, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.

12 de maio de 2012

Cientistas desvendam segredos de computador de 2 mil anos

Cientistas encontraram 27 engrenagens em antigo mecanismo 


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Clic aqui para assistir ao vídeo e ler a reportagem da BBC

10 de maio de 2012

As lições da ciência





Quando eu debatia em comunidades online onde haviam embates homéricos entre céticos e espiritualistas, acabava por confundir a ambos quando tocava em assuntos científicos. Para os últimos, a ciência geralmente não despertava muito interesse, pois raramente a analisavam sob o ponto de vista espiritual; Para os primeiros, era tão estranho que um espiritualista estivesse citando Carl Sagan e Richard Feynman, que alguns pensavam se tratar de um cientista “brincando” de ser espiritualista – um “místico fake”. Obviamente, eles estavam mesmo confusos...

Podem nunca haver lhe contado na escola, mas nem sempre a espiritualidade esteve dissociada da ciência. Porém, nesta ciência de hoje, interpretada apenas como um conhecimento estritamente objetivo da realidade detectável, apenas um método sem nenhuma relação com qualquer espécie de ideologia ou filosofia, restou muito pouco da ciência antiga, a filosofia da Natureza, o conhecimento da physis.

Os sábios antigos chamavam Natureza à realidade primeira e fundamental de todas as coisas, a essência em torno da qual gira tudo o que é transitório: “A noite segue o dia. As estações do ano sucedem-se uma à outra. As plantas e os animais nascem, crescem e morrem. Diante desse espetáculo cotidiano da natureza, o homem manifesta sentimentos variados – medo, resignação, incompreensão, admiração e perplexidade. E são precisamente esses sentimentos que acabam por levá-lo à filosofia. O espanto inicial traduz-se em perguntas intrigantes: O que é essa physis, que apresenta tantas variações? Ela possui uma ordem ou é um caos sem nexo?”.

Eis que os cientistas nem sempre foram chamados de doutores. Também já atenderam por naturalistas, filósofos, sábios, alquimistas, astrólogos, druidas, ocultistas, etc. Portanto, imaginar que a vivência da ciência moderna deveria estar totalmente desconexa da espiritualidade é, antes de tudo, uma ignorância da história do pensamento humano. Uma ignorância de tantos e tantos que vieram antes de nós, e fizeram as mesmas perguntas ao céu noturno salpicado de estrelas. E, como o Cosmos não respondeu de volta tal qual um deus lendário, foram obrigados a arregaçar suas mangas e buscar pelas respostas eles mesmos. É precisamente da atitude desses cientistas – os de outrora e os de hoje – que podemos tirar preciosas lições:

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7 de maio de 2012

Eclipses Conscienciais



Luz e sombra são somente matérias-primas.


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Mestres magos transformam-nas em obras de arte.

Magos negros induzem-nos ao erro.




(Nayre)



Rashad Alakbarov é um artista do Azerbaijão que utiliza a cor e as sombras de objetos para criar a sua arte.


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Com base no trabalho disponível em esoterologia.blogspot.com.br.


14 de abril de 2012

Flexibilidade


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Esteja sempre calmo; 
assim, terá habilidade para distinguir, enfrentar e vencer o mal 
e sensibilidade para perceber e desfrutar do amor sem temê-lo. 

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(Nayre)




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8 de abril de 2012

Quando a Noite Cai



. : Finalmente consegui disponibilizar o filme completo para download. De modo que você só encontrará acesso a ele exclusivamente por aqui em : .

Reflexões Sobre o Invisível

download do filme completo clic aqui



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Este filme é raro na internet.

28 de março de 2012

13 Vezes Millôr








1. A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.

2. As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.

3. Chato... Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.

4. Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.

5. Não devemos resisitir às tentações: elas podem não voltar.

6. Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.

7. Certas coisas só são amargas se a gente as engole.



8. Jamais diga uma mentira que não possa provar.

9. O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde.

10. Quem mata o tempo não é assassino mas sim um suicida.

11.Quando todo mundo quer saber é porque ninguém tem nada com isso.

12. De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência.

13. Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor.


Replicado de DoLaDoDeLá

24 de março de 2012

Tempestades solares podem salvar a humanidade

 Ilustração da capa do livro e o documentário “Revolução 2012″ de Dieter Broers  


O cientista e biofísico alemão Dieter Broers possui mais de 30 anos investigando os efeitos dos campos eletromagnéticos nos seres humanos, e é um dos poucos que tocaram no tema de 2012 com uma visão realista, científica, e com uma boa dose de esperança. Broers descobriu que as perturbações significativas nos campos eletromagnéticos que rodeiam os seres humanos podem criar estados mentais similiares aos provocados pelas drogas alucinógenas ou experiências místicas.  A alteração de nossos campos eletromagnéticos produzida pelas “explosões solares” ou “tempestades solares” previstas para 2012, afetaria nossa consciência e percepção da realidade. Poderíamos experimentar, em dias de alta atividade solar, alucinações e estados mentais extremamente desconcertantes ou prazerosos.  Para Broers, o importante destes estados mentais, que poderiamos chamar alterados, é que nos permitiriam entender a crise global que vive o planeta como o sintoma de uma doença que pode ser curada. Imagine isto. Você vai a rua para buscar trabalho e para em frente a uma banca de jornal.  Subitamente, as fotos cobram vida e começam a falar com você. Primeiro você se assusta e pensa que está ficando louco, mas logo o aceita e estabelece um diálogo. A conversa te leva por caminhos desconhecidos e pontos de vista que nunca antes havia percebido. De pronto, você percebe que a humanidade está mal, que está doente, e entende por quê e como se pode solucionar.  Graças às reflexões coletivas que teria a humanidade neste estado, produto da perturbação de nossos campos eletromagnéticos provocada pelas tempestades solares, chegariamos a encontrar a cura para a crise global que enfrenta nossa sociedade.  Em seu livro “Revolução 2012” Dieter Broers nos alerta sobre as tempestades solares: “Os eventos que o Cosmos guarda para nós em 2012 poderiam comparar-se a receber um copo de suco onde alguem despejou um pouco de LSD ou ácido lisérgico sem o nosso conhecimento.”  As tempestades solares de 2012 têm um lado positivo, e de alguma forma, de esperança. Broers sustenta que as alterações no campo magnético da Terra, provocadas pelas tempestades solares, alterarão nossa percepção do tempo e da realidade e, dependendo de nossa preparação, produzirão em nós experiências do tipo místico, mudanças de consciência, alucinações e talvez, poderes mentais.  O súbito incremento da atividade solar nas últimas semanas, evoca uma análise mais detalhada dos trabalhos do cientista alemão. Em que se baseia Dieter Broers para suas teorias sobre as tempestades solares?  Alguns experimentos realizados por Broers o levaram a descobrir que o estado de consciência de uma pessoa pode ser alterado expondo o cérebro a campos eletromagnéticos de certa intensidade. De acordo com suas investigações, um campo magnético normal nos permite manter um estado de consciência normal e uma percepção do tempo normal. Por outro lado, um campo magnético severamente anormal ou a ausência dele, provoca estados mentais alterados e uma distorsão em nossa percepção do tempo.  Para Broers, quem têm trinta anos investigando este campo da ciência, o efeito das perturbações geomagnéticas criadas pelas tempestades solares é similar aos efeitos das drogas alucinógenas. Quando somos expostos a este tipo de campos magnéticos, nosso cérebro produz uma série de substâncias que são as que geram essas alucinações ou distorsões da realidade e do tempo.  Os estados mentais alterados são provocados pelos processos neuroquímicos e pela produção de substâncias psicoativas ou alucinógenas. Sob certas condições, o cérebro é capaz de produzir o que poderiamos chamar substâncias ilegais. As tempestades solares dos próximos anos poderiam fazer com que nossos cérebros gerem substâncias capazes de criar fortes alucinações. Estas alucinações serão totalmente reais para a pessoa que as experimente e afetarão nossos sentidos de diferentes formas: o tempo parecerá mover-se mais lentamente, veremos presenças estranhas, ouviremos vozes, perceberemos forças invisíveis e sentiremos uma poderosa união com o universo que nos rodeia.   

Dieter Broers diz que as tempestades solares de 2012 e de 2013 provocarão não só estados alterados desconcertantes senão estados extremamente prazerosos que alguns poderiam denominar de “iluminação”, como o que experimentaram Moisés, Joana D’Arc, e Paulo de Tarso.  Nem todos sentiremos o mesmo, ou reagiremos da mesma forma. Algumas pessoas experimentarão paz e euforia enquanto que outros passarão por momentos de agressividade e depressão. O fator determinante para ter uma experiência negativa ou positiva será o medo. Enquanto que uma pessoa poderia escapar aterrorizada ante uma presença estranha, outra poderia entender que essa presença é parte de sua consciência, e outra poderia estabelecer um diálogo com a misteriosa presença sobre as origens da vida. Por isto, Broers aconselha que preparemos nossas mentes meditando.  Inclusive se você têm dúvidas sobre que tipo de “iluminação” poderia experimentar, deveria, não obstante, começar a meditar o mais breve possível, para que possa experimentar estes estados alterados de consciência num estado receptivo.  Se estamos predispostos não haverá medo, e se estivermos num estado receptivo poderemos aproveitar a experiência. Dependerá de nós que essas alucinações se convertam em momentos de “iluminação espiritual”.  Para que servem todas estas alucinações? O que têm de positivo tudo isto?  Segundo Broers, muitos pacientes foram tratados exitosamente usando os efeitos dos campos eletromagnéticos no cérebro. A terapia, também chamada “terapia de mega-ondas”, consiste em administrar campos eletromagnéticos, idênticos aos que encontramos na natureza, através de dispositivos colocados na cabeça dos pacientes. Esta terapia teve uma altíssima porcentagem de cura exitosas graças ao fato de que pela primeira vez, os pacientes são capazes de entender a causa de seu problema.  A mesma terapia aplicada a pacientes sãos ou sem problemas, fez com que experimentassem um estado de consciência alterado que lhes permitiu ver a realidade e as coisas deste mundo, num contexto muito maior.  Segundo Broers, uma tempestade solar de elevada magnitude afetaria coletivamente nossos cérebros e poderia ajudar a que tomemos consciência do dano que estamos fazendo ao planeta, e que tomemos ações para reverter a situação. Estas descobertas também podem aplicar-se à situação atual do mundo. Se vemos a crise global como o sintoma de uma doença e olhamos profundamente dentro de nós, seremos capazes de identificar a causa atual desta doença. Enquanto nossos esforços para nos salvar se centrem nos sintomas de nossa condição, não encontraremos uma cura verdadeira. Só poderemos salvar o planeta se reconhecermos, primeiro, a verdadeira causa da doença. Este tipo de reconhecimento pode ser obtido através da influência de campos eletromagnéticos. Se, por exemplo, cada ser humano na Terra fosse exposto a estes campos eletromagnéticos, uma consciência coletiva nasceria nos seres humanos.  Esta exposição coletiva da humanidade a campos eletromagnéticos da que fala Broeck, poderia ser provocada por uma forte tempestade solar nos próximos anos. O cientista alemão acredita que uma série de tempestades solares de alta magnitude não só provocará experiências místicas ou alucinações e mudanças de consciência sobre o dano ao planeta, senão que também poderia colocar em funcionamento partes do cérebro que nunca utilizamos.  “Estou convencido que atualmente nos encontramos no meio de um processo que compreende a restruturação de nossas redes neuronais, e que o catalizador deste processo é a elevada atividade solar-geomagnética cujas consequências são temidas por tanta gente. Porém, todos os fatos e descobertas, apontam à inegável conclusão de que a evolução nos permitirá, pela primeira vez na história humana, usar o enorme potencial de nossos cérebros.  Para Broers, os humanos usam uma ínfima parte do cérebro, ele sustenta que é como se usássemos a área de uma partícula de pó quando dispomos de uma mansão de quinhentos quartos.  Umas quantas tempestades solares de elevada magnitude poderiam ser suficientes para alterar nossa realidade. As alucinações seriam o primeiro sinal de que estamos usando novas áreas de nosso cérebro. O que virá depois é terreno desconhecido. Poderes mentais? Telepatia? Propriedades quânticas? Realidades paralelas? Outras dimensões?  Dieter Broers afirma que as alterações no campo magnético da Terra produzirão não só uma mudança de consciência senão que nos ajudará a utilizar o verdadeiro potencial do cérebro humano.  “Em vista do fato que os campos eletromagnéticos podem ajudar  um paciente a identificar a causa de uma doença, é muito possível que as forças eletromagnéticas do cosmos possam fazer que a raça humana perceba a doença que ataca o nosso planeta. As condições para uma expansão de consciência estão dadas. Tomara que não precisemos ser golpeados por uma tempestade solar gigantesca para começar a reverter a crise do planeta. Embora a esta altura, parece que só algo assim de radical nos fará mudar de rumo.  Esperamos que as tempestades solares dos próximos meses e anos ampliem nossa consciência e, de uma vez por todas, nos remetam a um período de evolução num campo outro que não o tecnológico, as campinas da espiritualidade, e não estou me referindo às religiões.


Dieter Broers -  “Revolução 2012″ .

22 de março de 2012

De volta ao caminho - Como poderia haver erro nisso?

Tui - Alegria - Hexagrama 58 do I Ching






Acabo de pedir uma orientação ao Oráculo, e como já estou familiarizada com ele, ele apenas confirmou (exatamente) o que eu já tinha concluído a respeito do assunto que há tempos me incomoda. Devo deixar ou não que certos tipos de pessoas entrem na minha vida por "caridade" ou por "despreocupação" com as consequências? Muitas vezes deixamos que um porco magro se introduza na nossa casa, achando que ele é inofensivo. Mas não se esqueça que com o tempo ele engorda e pode tentar se tornar indispensável, como se  fizesse parte do seu círculo mais íntimo, e depois, quando menos perceber, ele tomará conta de sua casa, de seu tempo e de sua saúde. Promovendo todo tipo de confusão e intriga. Escolha com cuidado quem pode e quem não pode entrar na sua vida.

Amizades ruins são um veneno lento. 
Fique apenas com os bons.



Nove na segunda posição significa:
Alegria sincera.
Boa fortuna.
O arrependimento desaparece.
Com freqüência, uma pessoa se encontra em contato com homens inferiores em cuja companhia é atraída por prazeres impróprios a um homem superior. A participação em tais prazeres acarretaria, sem dúvida, arrependimento, pois um homem superior não pode encontrar real satisfação em prazeres indignos. Quando, reconhecendo isso, um homem não deixa que sua vontade se desvie e assim não encontra qualquer prazer em tais atitudes, então nem mesmo companhias questionáveis ousariam tentá-lo com prazeres indignos, pois ele não os usufruiria. Com isso, todas as causas de arrependimento são eliminadas. 






Nove na quinta posição significa: 

Ser sincero para com influências destrutivas é perigoso. 

Elementos perigosos aproximam-se mesmo dos melhores homens. Quando lhes é dado acesso, sua influência destrutiva passa a agir, lenta porém seguramente. Isso sem dúvida acarreta perigo. Porém, aquele que reconhece essa situação e compreende o perigo saberá proteger-se e estará a salvo. 

12 de março de 2012

- desmistificando as religiões | excelente texto :


Parte da série "Reflexões sobre a espiritualidade e a ciência", onde o ocultista Marcelo Del Debbio e o cético Kentaro Mori respondem a uma mesma pergunta.


clic link: Sem Deus, tudo é permitido?

24 de fevereiro de 2012

Um Sonho e Mil Gatos





Pobres humanos... Escravos de seus próprios sonhos e presos pelos grilhões do ceticismo, eles são incapazes de vislumbrar e sentir a imensidão da verdadeira não-realidade que os rodeia. Certos de sua superioridade genética, os homens desconhecem as forças motrizes do Universo e julgam-se filhos das estrelas por terem pisado em solo lunar. Tolos pretensiosos... A Mãe-Terra aconchega outros animais muito mais interligados ao nicho macrocósmico. Os insetos e suas regras sociais quase geométricas. As aves e seu instinto de vôo em plena harmonia com o magnetismo polar. Os mamíferos aquáticos e seus mistérios inimagináveis. Tantos exemplos da irracionalidade superior, construídos sobre o primitivismo da Criação. Entre eles, porém, uma espécie se desenvolveu vertiginosamente, animais estruturalmente perfeitos: rápidos, ágeis e fortes. Completamente auto-suficientes, eles fingem ser domesticados pelo homem apenas por conveniência. Sua beleza inegável entra em conflito com a ferocidade repentina de seus atos. Possuidores de olhos que se igualam às mais raras e preciosas gemas, eles vêem coisas invisíveis à percepção humana: seres de outras dimensões, espíritos errantes, imagens aleatórias do passado e presente. Amados por poucos, mas odiados por muitos, estes fantásticos animais são comumente chamados de gatos. Chat, Cat, Pushak, Die-Katze, Gatto, Gato... Não importa em que língua seja pronunciado, sua majestade é inegável. Muitas foram as culturas que utilizaram esses "inofensivos" felinos como símbolo de adoração. Hoje a descomunal e misteriosa Esfinge do Antigo Egito é o maior monumento arquitetônico dedicado a eles. Em sua época áurea, o império que surgiu às margens do Nilo reverenciava o gato como um animal sagrado por causa de sua ligação com a deusa da Lua, Pasht. Da mesma forma, a deusa que representava o Sol, Bast, possuia a cabeça de um felino. Alguns pesquisadores acreditam que ele era adorado pelos egípcios porque tinha a capacidade de "enxergar ou sentir" a presença de espíritos bons e maus. Depois, provavelmente comercializados pelos fenícios, esses animais chegaram à Europa. Infelizmente, os bichanos não foram vistos com bons olhos pelo fanatismo doentio da Igreja da Idade Média. Os outrora sagrados animais egípcios (principalmente os de cor preta) passaram a ser sacrificados pelas chamas da Inquisição. Daí se originaram ditados populares como "jamais deixar um gato preto cruzar seu caminho" e outras tolices inerentes à "sapiência" humana. Algum tempo depois, ainda em descrédito religioso, eles serviram para conter a peste negra, caçando os ratos que se alastravam pelas cidades. Mais tarde, com a colonização americana, os gatos finalmente alcançaram o Novo Mundo e foram usados, uma vez mais, como "ratoeiras móveis peludas" (naquela época, a ACME INC.ainda não tinha desenvolvido nenhuma parafernália tecnológica como "rat terminators" ou coisa parecida...) nas cidades e, até mesmo, no campo. Em decorrência desses lamentáveis incidentes, o "pequeno grande felino" passou a ser retratado como um reles inimigo mortal dos vorazes roedores.Humpf!!! Que absurdo! Uma verdadeira afronta a um ser tão nobre! Hoje, os gatos reconquistaram um certo status na sociedade pseudo-evoluida dos homens, tornando-se dóceis e carinhosos "bichinhos de estimação". Na verdade, os humanos é que cederam ao ronronar hipnótico e começaram, sem perceber, a entrar num processo irresistível de "felinização". Não há como escapar. Quando a noite chega, trazendo consigo a areia mágica soprada por Morpheus, os "donos do mundo" perdem-se em sonhos fúteis que apenas preenchem suas frustrações pessoais. No entando, aqueles que foram venerados como deuses no berço da civilização sonham coisas estranhas, como mudar a realidade. No sonhar, eles planejam um complô contra a humanidade. Se a presente situação irá mudar ou não, apenas o Destino sabe dizer. Não nos convém, entretanto, atravessar uma ponte antes que ela seja construída. Bem... A história foi contada. Verdade, mentira, devaneio... Que diferença faz? É apenas um sonho dentro de sonhos. E, neste momento, a única coisa que me veio à mente é um velho ditado inglês: "Somente um Rei é capaz de fitar os olhos de um gato".

Neil Gaiman

17 de fevereiro de 2012

Meu Totem












Puma - O Místico
19 de fevereiro - 20 de março




Lua dos Grandes Ventos

A Lua dos Grandes Ventos é uma lua misteriosa. A nova estação está se aproximando e os ventos voltam a soprar livremente em todas as direções. Esta Lua intensifica o lado misterioso e inquieto dos nascidos debaixo dela. Aumentando a habilidade deles para lidar com suas energias.
Esta é a terceira Lua de Waboose, Guardião do Norte. O presente dela é fornecer pureza as pessoas do signo do Puma ensinando-as reter a pureza espiritual diante das questões materiais.



Totem Animal - Puma


O Puma também conhecido como Leão da Montanha ou Suçuarana, é na maioria das vezes temido como os leões da África, constantemente eles são sacrificados pela mão humana sem nenhuma razão a não ser a ignorância. Os Pumas têm grandes territórios individuais e têm o cuidado para marcar a sua área para evitar os intrusos.
Seus grunhidos são terríveis, entretanto raramente é ouvido. Eles são animais geralmente silenciosos e sabem esperar o momento de atacar a sua presa. São caçadores natos, e normalmente juntam suas forças com outros de suas relações. Eles só caçam o que irão comer.
As pessoas que têm o Puma como seu totem animal possuem muitas das características deste felino. Elas gostam de se manterem no alto de seus territórios, buscando a elevação mental e espiritual. Elas são sensíveis e gostam de ter seu próprio lugar para se retirar para contemplação.
Pessoas do signo do Puma precisam do seu próprio território espiritual, ao viajarem elas podem se tornar pessoas mal-humoradas e insatisfeitas por falta dele. Elas também têm a necessidade de marcar seus territórios. Elas não gostam de outros invadindo seu espaço territorial sem nenhum convite, especialmente pessoas do seu próprio totem, devido ao potencial de poder que compartilham.
Elas tendem a manter em silêncio seus sentimentos mais profundos. Podem manter uma conversa facilmente, para fazer com que os outros se sintam confortável, mas só revelará seus sentimentos àqueles que tenham confiança. Por causa deste silêncio, tendem a se isolarem para se protegerem.
Quando as pessoas do signo do Puma se sentem confortáveis, elas podem dar um grito rejubilhando-se de emoção. Esta energia retida é o que freqüentemente as fazem mergulharem em profundas depressões e as impedem de se centrarem quando tentam manter um elo ao meditarem.
O Medo que têm das próprias emoções pode as impedir de tomarem decisões claras, fazendo-as parecerem indecisas. Elas são caçadoras, mas o que elas estão freqüentemente caçando é o seu desenvolvimento espiritual. São inteligentes o bastante para saberem que  têm de ser pacientes para caçar as coisas que estão buscando.
Quando as pessoas do signo do Puma perdem seu equilíbrio, elas podem ser muito ferozes com aqueles que a feriram. Quando elas se sentem encurraladas, mostram suas garras e realizam uma briga notável. Às vezes brigam sem nenhum motivo, como se quisessem liberar suas emoções reprimidas. Mas também podem ferir os outros na batalha, às vezes mais seriamente do que elas imaginam.

Planta Totem - Tanchagem


O Tanchagem é uma erva de cura famosa. Há duzentas espécies da erva, e elas crescem no mundo inteiro. A planta inteira é usada para a cura. Os Nativos Americanos a usam como calmante. Purifica o sangue e ajuda aliviar a dor e curar os efeitos de venenos.
Usado como chá ou em compressa, é muito bom contra picaduras, mordidas e feridas. Faz a mesma coisa dentro do corpo como fora, e é usado para curar úlceras do estômago ou intestinos, inflamação nos rins e problemas de bexiga.
As Pessoas do signo do Puma são propensas a terem dor no pé e na perna. Imergindo as folhas de Tanchagem no vinagre, deixando secar durante a noite e colocando nos sapatos antes de calçá-los, estas dores podem ser evitadas.




Totem Mineral - Turquesa

Turquesa é uma das pedras mais antigas usadas para adorno e proteção. Ela era utilizada no Egito seis mil anos antes do começo da era Cristã e no nosso continente pelo menos há mil anos.
Turquesa é chamada "Pedra Estelar" pelos Nativos Americanos. Há uma velha lenda ameríndia que diz que o céu é azul porque uma águia de espírito dourado pousou em cima de uma montanha turquesa e refletiu a cor da montanha até o céu. Acredita-se que a turquesa pudesse livrar qualquer pessoa que a possuísse de ferimentos ou perigo, os Nativos Americanos a usavam como proteção contra armas.
Com a Turquesa como pedra, as pessoas do signo do Puma têm a possibilidade de ter muitos poderes fora do comum. Elas têm muito poder de cura natural que pode lhes transformar em mestres nos mistérios da vida e do universo. Como esta pedra, elas podem iniciar-se nos misteriosos processos da vida, que pessoas de outros totens não tem acesso.

3 de fevereiro de 2012

O corpo nos contos de fadas


Existem muitos mitos e contos de fadas que descrevem a fragilidade e a natureza selvagem do corpo. Temos o  grego Hefesto, o manco que trabalhava os metais preciosos; o mexicano Hartar, que tinha dois corpos; a Vênus nascida do mar ; o pequeno alfaiate, que era feio  mas que podia gerar vida nova; as mulheres da Montanha dos Gigantes, que são cortejadas por sua força; Thumbelina, que consegue viajar de um lado para o outro com o auxílio da mágica; e muitos outros.
 
Nos contos de fadas, determinados objetos mágicos têm capacidades sensoriais e de transporte que são hábeis metáforas do corpo, como a nuvem, a folha e o tapete mágico, Às vezes, mantos, sapatos, escudos, chapéus e elmos proporcionam o poder da invisibilidade, de uma força superior, da vidência e assim por diante. São como uma parentela arquetípica. Cada um permite ao corpo físico dispor de um aprofundamento do insight, da audição, do vôo ou de algum tipo de proteção tanto para a psique quanto para a alma.

Antes da invenção de carruagens, coches e bigas, antes da domesticação de animais para tração e montaria, aparentemente a imagem que representava o corpo sagrado era a do objeto mágico. Peças do vestuário, amuletos, talismãs e outros objetos, quando participantes de algum tipo de relação, transportavam a pessoa para o outro lado do rio ou do mundo.
 
O tapete mágico é um excelente símbolo do valor sensorial e psíquico do corpo natural e selvagem. 
Os contos de fadas em que aparece o motivo do tapete mágico imitam a atitude não muito consciente para com o corpo na nossa própria cultura. O tapete mágico é a princípio considerado completamente ordinário e sem grande valor. No entanto, para aqueles que se sentam na sua densa felpa e dizem "Suba!", o tapete começa imediatamente a tremer, eleva-se do solo, paira um pouco e de repente, zum! , sai voando, transportando o passageiro para um lugar, um centro, um ponto de vista, um conhecimento diferente.    
O corpo, através de seus estados de excitação, percepção e de experiências sensoriais — como, por exemplo, ao ouvir música ou a voz da pessoa amada, ou ao sentir um certo perfume — tem a capacidade de nos transportar para outros lugares.
 
Nos contos de fadas, como nos mitos, o tapete representa um meio de locomoção, mas de um tipo determinado — do tipo que nos permite ver em profundidade o mundo assim como a vida em qualquer sentido. Nas histórias do Oriente Médio, ele é o veículo para o vôo espiritual dos xamãs. O corpo não é um
objeto inerte do qual lutamos para nos livrar. Visto da perspectiva correia, ele é um foguete, uma série de trevos atômicos, um emaranhado de cordões umbilicais neurológicos que nos ligam a outros mundos e outras experiências.
Além do tapete mágico, existem outros símbolos para o corpo. Uma história específica ilustra três deles. Essa história me foi passada por Fahtah Kelly. Ela se chama simplesmente "A história do tapete mágico". Nela, um sultão manda três irmãos procurarem "o melhor objeto da terra".Aquele dos três que trouxer o que for considerado o tesouro dos tesouros receberá todo um  reino.  Um dos irmãos procura e traz de volta uma varinha de condão de marfim, com a qual se pode examinar o que se desejar. Outro irmão traz uma maçã cujo perfume tem o poder de curar qualquer enfermidade. O terceiro irmão traz um tapete mágico que é capaz de transportar uma pessoa para qualquer lugar, bastando que ela pense nesse lugar.
O sultão pergunta o que é melhor. A capacidade para ver à distância? A capacidade para a cura e a recuperação? Ou a capacidade para o vôo espiritual?
Cada irmão por sua vez glorificou o objeto por ele encontrado. O sultão, no entanto, acaba por abanar a mão e proclamar que nenhum deles é melhor do que o outro, pois, sem um deles, os outros não têm nenhum valor. Com isso, o reino é dividido entre os três irmãos em partes iguais.
Essa história encerra imagens fortes que nos permitem vislumbrar no que consiste uma verdadeira animação do corpo. Essa história (assim como outras semelhantes) descreve o fabuloso potencial da intuição, do insight, da cura sensorial e do êxtase oculto no corpo.Costumamos pensar no corpo como esse "outro"que cumpre suas funções mais ou menos independente de nós e que, se o "tratarmos" bem, ele fará com que nos "sintamos bem". Muitas pessoas tratam seu corpo como se ele fosse um escravo, ou talvez elas até o tratem bem  mas exijam dele que satisfaça seus desejos e caprichos como se ele fosse um escravo do mesmo jeito.
Há quem diga que a alma anima o corpo. No entanto, e se resolvêssemos imaginar por um instante que é o corpo que anima a alma, que a ajuda a se adaptar à vida concreta, que analisa e traduz, que fornece o papel em branco, a tinta e a pena com os quais a alma pode escrever nas nossas vidas? Suponhamos, como nos contos de fadas em que as coisas mudam de forma, que o corpo é um Deus por si só, um mestre, um mentor, um guia autorizado. E daí? Seria prudente passar a vida inteira torturando esse mestre que tem tanto a dar e a ensinar? Desejamos passar a vida inteira permitindo que os outros depreciem nossos corpos, julguem-nos, consideremnos defeituosos? Será que temos força suficiente para renegar o pensamento geral e prestar atenção, com profundidade e sinceridade, ao nosso corpo como um ente poderoso e sagrado?
 
Está errada a imagem vigente na nossa cultura do corpo exclusivamente como escultura. O corpo não é de mármore. Não é essa a sua finalidade. A sua finalidade é a de proteger, conter, apoiar e atiçar o espírito e alma em seu interior, a de ser um repositório para as recordações, a de nos encher de sensações — ou seja, o supremo alimento da psique. É a de nos elevar e de nos impulsionar, de nos impregnar de sensações para provar que existimos, que estamos aqui, para nos dar uma ligação com a terra, para nos dar volume, peso. 
É errado pensar no corpo como um lugar que abandonamos para alçar vôo até o espírito. O corpo é o detonador dessas experiências. Sem o corpo não haveria a sensação de entrada em algo novo, de elevação, altura, leveza. Tudo isso provém do corpo. Ele é o lançador de foguetes. Na sua cápsula, a alma espia lá fora a misteriosa noite estrelada e se deslumbra.

O poder das ancas
 
O que constitui um corpo saudável no mundo instintivo? No nível mais básico — o seio, o ventre, qualquer parte onde haja pele, qualquer parte onde haja neurônios para transmitir sensações — a questão não é a do formato, do tamanho, da cor, da idade; mas, sim, se existe sensação, se funciona como deveria, se temos reações, se temos todo um leque, todo um espectro de sentimentos. Ele tem medo, está paralisado pela dor ou pelo receio? Está anestesiado por traumas antigos? Ou será que ele tem sua própria música? Está ouvindo, como Baubo, através do ventre?  Está olhando com uma das suas inúmeras formas de ver?

Passei por duas experiências decisivas quando estava com vinte e poucos anos, experiências que contrariavam tudo o que me haviam ensinado sobre o corpo até então. Quando estava num seminário de uma semana de duração para mulheres, à noite junto ao fogo e perto de fontes termais, vi uma mulher nua de cerca de 35 anos.
Seus seios estavam murchos de amamentar; seu ventre, estriado de dar à luz. Eu era muito nova e me lembro de ter sentido pena das agressões sofridas pela sua pele fina e clara. Alguém estava tocando tambores e maracas, e ela começou a dançar, com o cabelo, os seios, a pele, os membros todos se movimentando em direções diferentes.
Como era linda, como era cheia de vida. Sua graça era de partir o coração. Eu sempre havia ridicularizado a expressão "furacão nos quadris". Naquela noite, porém, vi um exemplo. Vi o poder das suas ancas. Presenciei o que me haviam ensinado a ignorar: o poder do corpo de uma mulher quando é animado de dentro para fora. Quase três décadas mais tarde, ainda posso vê-la dançando no escuro e ainda sinto o impacto da força do corpo.
 
O segundo despertar envolveu uma mulher muito mais velha. De acordo com os padrões vigentes, seus quadris eram excessivamente parecidos com pêras, seus seios eram ínfimos em comparação, e suas coxas eram totalmente cobertas por finíssimas veias arroxeadas. Uma longa cicatriz de alguma cirurgia grave circundava seu corpo, indo desde a coluna vertebral até as costelas, como um corte para descascar maçãs. Sua cintura devia ter a largura de quatro palmos.
 
Era, portanto, um mistério o motivo pelo qual os homens zumbiam à sua volta como se ela fosse um favo de mel.  Eles queriam morder suas coxas de pêra, lamber aquela cicatriz, segurar aquele peito, descansar o rosto nas teias das suas varizes.  Seu sorriso era deslumbrante; seu caminhar, extremamente belo. E quando ela olhava, seus olhos realmente absorviam o que estavam vendo. Vi novamente o que me haviam ensinado a ignorar, o poder no corpo. O poder cultural do corpo é a sua beleza, mas o poder no corpo é raro, pois a maioria das mulheres o expulsou com torturas ou com sua vergonha da própria carne.
 
Tendo em vista o exposto, a mulher selvagem pode pesquisar a numinosidade do seu próprio corpo e compreendê-lo, não como um peso morto que estamos condenadas a carregar por toda a vida, não como uma besta de carga, mimada ou não, que nos carrega por aí pela vida inteira, mas como uma série de portas, sonhos e poemas através dos quais podemos obter todo tipo de aprendizagem e conhecimento. Na psique selvagem, compreende-se o corpo como um ser por seus próprios méritos, que nos ama, que depende de nós, para quem, de vez em quando, somos a mãe e que, e vez em quando, representa a mãe para nós.

Clarissa Pinkola Estés - MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS