21 de novembro de 2010

O Agente Clandestino



Anda desanimado e com sentimento de culpa?
Pode haver um Toxoplasma no seu cérebro, tentando atrair um gato. 


- por Marcos Sá Corrêa

Q uem faz a cabeça do brasileiro é o Toxoplasma gondii. Não adianta dizer que nunca o viu mais gordo.
O Toxoplasma gondii é assim mesmo, "incrivelmente comum e incrivelmente obscuro", segundo o jornalista Carl Zimmer, que outro dia o apresentou aos leitores do New York Times numa página cheia de superlativos. Zimmer tratou-o como uma "criatura extraordinária" e "espantosamente bem-sucedida". E lançou no caminho da fama esse personagem onipresente mas discreto, ainda que prive da intimidade de pelo menos um terço da humanidade. Sem conhecê-Io, no mínimo 2,2 bilhões de pessoas convivem diariamente com o Toxoplasma gondii.
No Brasil, ele se supera. Está envolvido com praticamente 67% da população. Alojado em 126 milhões de brasileiros, tem fôlego de sobra para tornar as mulheres mais afetivas, os homens mais conformistas e ambos os sexos mais propensos a levar a vida sob o influxo de vagos sentimentos de culpa e desconforto social que nem imaginam de onde vêm.
Depois de desprezá-Io por mais de setenta anos como um parasita vulgar, desses que só em casos especiais - grávidas e portadores de HIV, por exemplo - merecem exame de laboratório, os médicos deram agora para desconfiar que, sob a influência do Toxoplasma gondii, os infectados têm reações estranhas. Seu comportamento pode pender para lados opostos. A pessoa manifesta uma atração insensata pelo perigo e, ao mesmo tempo, uma paradoxal aversão a mudanças. Isso lembra alguém que você conhece? Pois é. Pode ser obra dele. Toxoplasma gondii, o protozoário, age clandestinamente.
Carl Zimmer farejou a notícia num documento publicado este ano pela Royal Society, de Londres, a respeitabilíssima academia de ciências do Reino Unido. Tratava-se de um relatório sobre possíveis reflexos do Toxoplasma gondii nas sociedades humanas, com seis páginas e meia de texto e duas só para a bibliografia, que arrolava 35 trabalhos científicos. O título era instigante: "Pode o Toxoplasma gondii, parasita comum do cérebro, influenciar a cultura humana?". Além de publicar o achado no New York Times, Zimmer discutiu-o no site The Loom, sua tribuna cativa na internet, e dali o parasita se espalhou, como se nadasse livremente num caldo de cultura virtual. O Toxoplasma gondii animou debates entre sanitaristas e criadores de gatos domésticos. Contagiou até o Stereophile, um blog para iniciados em aparelhos de som que entrou na conversa tachando Zimmer de "guru do Toxoplasma".

  Zimmer é fã confesso de parasitas, esses monstros microscópicos que povoam as profundezas intracelulares de homens e bichos, "transformando qualquer órgão do corpo - a trompa de Eustáquio, a garganta, o cérebro, os rins, o tendão de Aquiles - em seu lar". Ele já foi ao Sudão para ver de perto, num hospital de campanha em Tambura, a máscara mortuária do Trypanosoma que provoca a doença do sono. Viajou à África "como certas pessoas vão à Tanzânia atraídas por seus leões ou a Komodo por seus dragões", ele conta em Parasite Rex, livro que é um modelo de rigor jornalístico em ritmo de ficção científica. "Passe algum tempo em Tambura", relata o jornalista, "e as pessoas à sua volta ficarão transparentes, como constelações cintilantes de parasitas". O livro lida com micróbios, vermes, protozoários, ácaros e tênias, tudo, enfim, que viva à custa dos outros. Assunto não falta, pois os parasitas dominam a Terra, batendo de quatro a um a soma de todas as criaturas capazes de existência autônoma. "A história da vida é, na maior parte, parasitologia", resume.
Os parasitas são vítimas de uma longa história de incompreensão. A começar pelo nome. "Parasita" vem da palavra grega para designar o criado que servia comida em banquete. Eles fazem o contrário: servem-se num banquete de vida alheia. Os cientistas hesitaram muito em levar os parasitas a sério. Charles Darwin baniu­os do esquema geral da seleção natural, supondo que essas criaturas "rastejantes" eram desvios regressivos no curso natural da evolução. Logo eles, que parecem estar na vanguarda dos processos evolutivos, mudando tantas vezes de forma quantos forem os desafios ao seu talento adaptativo e habilitando-se a viver nos ambientes mais impróprios. Nós, por exemplo.
Bilhões de seres humanos são ninhos inconscientes de Toxoplasma gondii . Esse parasita oblíquo e dissimulado pode varar a membrana das células de autodefesa e penetrar seu núcleo como clandestino, iludindo as barreiras imunológicas do cérebro, tido como o último bastião do organismo contra micróbios patogênicos. Ele fura as muralhas orgânicas como "cavalos de Tróia", diz Zimmer. Uma vez no cérebro, dali ninguém o tira, entre outros motivos porque o Toxoplasma gondii se esmera em perturbar o mínimo possível a vida de seu anfitrião. "Ele simplesmente vai ficando por lá, e o hospedeiro não o reconhece como um invasor que deveria ser destruído", afirma David Sibley, professor de microbiologia molecular.
O Toxoplasma gondii chamou a atenção dos cientistas no Instituto Karolinska, de Estocolmo, pelo refinamento dos métodos que emprega na conquista de território. " Quando procuramos parasitas no sangue, encontramos muito poucos, e eles pareciam estar apenas nadando em círculos", conta o pesquisador Antonio Barragan. Engano. A essa altura, como a equipe constataria depois, o Toxoplasma gondii já embarcara em células dendríticas, que normalmente disparam os alarmes do sistema imunológico. Estava, portanto, camuflado, em uniforme de combate, pronto para se imiscuir cérebro adentro. Havia feito tudo isso poucas horas depois de apear no organismo. "E se acaso ele estiver dirigindo essas células para se mover e se disseminar pelo corpo?", indagou-se Barragan. O grupo testou a hipótese, injetando Toxoplasma em células dendríticas descontaminadas. Elas se tornaram instantaneamente hiperativas, agitando-se sem parar na lâmina do microscópico pelo resto do dia.
O Toxoplasma gondii é implacavelmente contagioso, mas age como se não passasse de uma infecção benigna. " As pessoas raramente percebem o que está acontecendo durante uma invasão", explica Zimmer. No máximo, podem sentir dores no corpo, garganta irritada e outros sinais que se confundem com sintomas de gripe, enquanto lá dentro o protozoário captura células em alta velocidade, para gerar nessas incubadoras 128 cópias quase instantâneas de si mesmo. É a fase da infestação, que passa em poucos dias.   Demarcando o território, o Toxoplasma entra em estado de dormência. A essa altura já formou quistos, onde poderá esperar ("confortavelmente", segundo Zimmer) o momento em que a carne de seu hospedeiro for parar no tubo digestivo de um gato. Como essa transição dificilmente acontece na existência de um homem civilizado – pelo menos desde 1898, quando os ingleses exterminaram os leões que devoravam operários na ferrovia do Tsa­vo, na África -, a espera costuma ser longa. E o Toxoplasma gondii vai ficando.

E le "manipula elegantemente" o sistema imunológico de seu hospedeiro.
Se exagerasse na agressividade, tomando tudo a seu alcance, acabaria a bordo de cadáver. E um corpo inanimado não é a melhor condução para quem almeja descer pela goela de um gato. Os felinos são caçadores, não se interessam por carniça. E o parasita precisa que as vísceras onde se aninhou acabem, mais cedo ou mais tarde, no aparelho digestivo de um gato.
Enquanto não chega a hora, para manter a ordem na hospedaria o Toxoplasma gondii libera esporadicamente, durante a hibernação, moléculas que desencadeiam pequenas reações imunológicas do hospedeiro. Elas matam exclusivamente os invasores ainda livres. Não atingem os parasitas previamente encapsulados nos cistos. É um alarme falso, em proveito do status quo. Funciona como um toque de recolher, para que o parasita alcance nas melhores condições a terra prometida.
Essa terra prometida é o gato. Sem ele, o ciclo não fecha. Só nas paredes do intestino de um gato começa a festa nupcial do Toxoplasma gondii, que ali se divide para gerar machos e fêmeas e voltar à terra nas fezes do felino. Os homens são, para ele, "becos sem saída", e talvez tivessem passado longe dessa história, se não cruzassem com tanta freqüência o caminho que une os gatos aos ratos. Não sendo vetores naturais do parasita, nós o embarcamos sem bilhete para a baldeação seguinte.
Banal e aparentemente inofensiva, essa praga assintomática até pouco tempo atrás dispensava cuidados médicos, porque não parecia fazer muita diferença na vida de uma pessoa saudável que não estivesse em gestação. De repente, descobre-se que o Toxoplasma pode alterar perigosamente o comportamento humano, como fez com ratos de laboratório na Universidade de Oxford. Postos num labirinto de tijolos, com cantos marcados por odores que deveriam repeli-Ias ou atraí-los, eles mostraram uma atração suicida por urina de gato, cujo cheiro levaria ao pânico qualquer rato com os instintos de autopreservação em bom estado. Quando se tratava de procriar e comer, as cobaias infectadas pareciam normais. Mas, diante do rastro que deveria afugentá-Ias, comportavam-se como latas abertas de ração que implorassem para ser engolidas. Chegavam mesmo a exibir  um interesse mórbido pelo canto assinalado com urina de gato. Visitavam o lugar com freqüência. Procediam como  "roedores camicases", diz Carl Zimmer.
"Não se trata apenas de perda de um  comportamento natural", diagnosticou o neurobiologista Ajai Vyas, da Universidade Stanford."É um novo comportamento que está sendo induzido". O Toxoplasma gondii  não mata mas induz  os ratos ao suicídio, borrando os códigos instintivos da sobrevivência. Ratos impávidos que desafiam a morte dificilmente irão muito longe. Mas oferecerão ao parazita um atalho providencial para perpetuar a própria espécie, numa refinada estratégia evolutiva que não se esperaria encontrar em inteligências unicelulares. Vyas apresentou suas conclusões em maio, num encontro anual da Sociedade Internacional de Neurociência do Comportamento. E, com isso, o gondii saiu da gaveta. .
. Da descoberta do que o protozoário faz com ratos à suspeita do que pode fazer com a personalidade humana, foi um pulo. Com o parasita no corpo, "os homens se tornam menos propensos a submeter-se aos padrões morais da comunidade, preocupam-se menos com a possibilidade -de serem punidos por quebrar as normas sociais de conduta e confiam menos nos outros", resume Zimmer. Em compensação, sabe-se lá por quê, "as mulheres ficam mais afetuosas e cordiais". Os dois sexos divergem em muitas reações. Mas ambos perdem uma dose do medo mais funcional, que os afastaria do perigo. A alteração não chega a ponto de "levar uma pessoa a se atirar aos leões". É suficiente apenas para anunciar que, lá no fundo, algo está maquinando seu destino. É o indício de que o protozoário decifrou "o vocabulário dos neurotrasmissores e hormônios" da vítima.
Não é de hoje que os médicos conhecem alguns desses sinais, mas só agora puderam ligá-Ios a esses microorganismos, que vêm equipados, segundo Zimmer, "com uma vasta farmácia, abarrotada de drogas que têm utilidade em diferentes ocasiões e cumprem diversos fins". Anos atrás, quando preparava o livro Parasite Rex, Zimmer entrevistou Kevin Lafferty nos manguezais de Carpinteria, na Califórnia. Espantou-se ao encontrar um cientista em camiseta de cores berrantes, com um peixe fosforescente no peito e compleição de quem surfara as ondas de boa parte da Costa Oeste americana. Lafferty estudava na ocasião um parasita chamado EuhaploTchis califomiensis, que se apropria de moluscos comuns nas praias da região e, com eles, usurpa as entranhas dos peixes. Até aí, nada demais.
A novidade, para Lafferty, é que depois de infectados pelo EuhaploTchis os peixes dão para nadar de maneira estranha, quase na superfície, e de lado, como se fizessem questão de serem vistos de longe pelas gaivotas, maçaricos e outras aves marinhas. O que eles ganhariam com isso? Trinta vezes mais chances de serem comidos antes dos outros. É assim que o parasita viaja por via aérea para outras praias, em busca de caramujos frescos.

F oi Lafferty quem publicou semanas atrás a tese de que o Toxoplasma gondii provavelmente explica "uma percentagem estatisticamente significativa de variações na neurose agregada das populações humanas, assim como nas dimensões culturais neuróticas dos papéis sexuais e na aversão aos riscos". Em outras palavras, que esse protozoário afeta o comportamento coletivo. Estava na trilha desbravada por Jaroslav Flegr, o médico de Praga que encontrou as primeiras pegadas do Toxoplasma gondii em seus pacientes. Inclusive, em testes de inteligência.
Abrigar "no cérebro um parasita que está tentando ser levado para dentro de um gato" produz, segundo Laffery, "mudanças de personalidade". Como os gatos raramente comem seres humanos", ele reconhece que o Toxoplasma gondii perde tempo quando manipula o estilo de vida deles. Mas, "em termos evolutivos", "também não tem nada a perder". Logo, enjaulado na carne errada, o parasita continua a fazer o que sempre fez, com resultados muitas vezes contraditórios. Flegr observou que seus pacientes infectados eram mais apreensivos, inseguros, preocupados e ansiosos, com uma queda para a autoflagelação. O que Laf­ferty fez foi misturar esses traços individuais na massa das estatísticas sociais, perguntando se, nos países onde a infestação é mais disseminada, as alterações de comportamento virariam caráter nacional.

A resposta foi sim. Parece fora de dúvida que as altas taxas de infestação coincidem, por exemplo, com o menor interesse por novidades e o sentimento de culpa generalizado. Tratando-se de um erro essencial de hospedeiro cometido pelo Toxoplasma gondii, os resultados não podiam mesmo ser muito coerentes. Mas Lafferty comparou dados de 39 países, em cinco continentes. Descartou as tabelas difíceis de interpretar, como as da China, do Japão, da Coréia do Sul, da Turquia e da Indonésia, onde não conseguiu discernir tradição de sintoma. Descontou fatores como idade e renda per capita. Sobrou da filtragem uma "correlação significativa" entre o Toxoplasma gondii e a tal "neurose agregada" da população. A convergência é "positiva". Ou seja, "numa proporção substancial da sociedade humana", afirma Lafferty, "a variação geográfica da prevalência latente do Toxoplasma gondii pode estar por trás de diferenças nos aspectos culturais relativos ao ego, ao dinheiro, às posses materiais, ao trabalho e às normas de conduta".
O grau em que a "correlação significativa" se manifesta varia com a taxa de incidência do parasita. Nos Estados Unidos, onde anda em queda, ainda atinge pelo menos 5° milhões de americanos. O próprio Zimmer disse na internet que pediria uma bateria de exames clínicos na sua próxima consulta médica. "E não seria o primeiro", alegou. Com o Toxoplasma gondii turbinado pelo alto consumo de carne crua, a Hungria tem 58,9% da população infectada, índice estratosférico para os padrões sanitários da Europa. Ele é muito comum na Argentina, a terra do bife malpassado: está em 52,7%, Na França, onde a população foi considerada por Lafferty "bastante neurótica", a infestação chega a 45%. Na Austrália, cai a ?   praias, em busca de caramujos frescos.
França, onde a população foi considerada por Lafferty "bastante neurótica", a infestação chega a 45%. Na Austrália, cai a 28%. Na Coréia do Sul, não vai além de 4,3%. O clima tropical o favorece. E o aquecimento global tem tudo para transformá-Ia num parasita decididamente cosmopolita. Mas em geral ele se dá melhor nos países pobres. Concentrações urbanas sem saneamento básico o estimulam. E onde viceja a promiscuidade entre gente, gato e rato, o Toxoplasma gondii encontra o mundo que pediu a Deus.
Somente dois países superam 60% na lista de Lafferty. Um deles é a Iugoslávia, que se desintegrou na guerra civil dos anos 9°, mas ainda consta do relatório com 66,8%. O outro é o Brasil, campeão mundial de Toxoplasma gondii, com 66,9%' O que isso quer dizer? Provavelmente, não muita coisa. Deve ser um índice a mais, como tantos que pululam nas pesquisas de opinião pública. 

 Matéria publicada em 2006 pela revista Piauí

25 de outubro de 2010

Chakras, Kundalini e Tantra

Os cientistas acabaram de demonstrar que estamos vivendo em um mundo de, no mínimo 11 dimensões, coisa que os Egípcios já sabiam 6.000 anos atrás.  Os seres humanos possuem corpos em todas estas dimensões e com estes corpos se relacionam. Hoje, vamos voltar um pouco mais no tempo e estudar algo que os hindus já conheciam 7.000 anos atrás. Usando uma linguagem simplificada, os chakras são centros captadores e transformadores de Prana (os campos eletromagnéticos que circulam a Terra através de suas linhas ). Estas rodas de energia situam-se no segundo dos sete corpos, entre o físico e o astral e possuem contrapartes no físico.
Enquanto eu estiver explicando cada um dos chakras, eu colocarei imagens relacionando-os com a kaballah. Não se preocupem em tentar entender estas “bolinhas e tracinhos”  porque tudo está inter-relacionado no Ocultismo. 

Muladhara, Chakra Vermelho, ou Raiz.
Situado na base da coluna, este Chakra governa a dimensão física e todos os aspectos sólidos do corpo, mantido pela recepção das energias telúricas distribuídas por esse primeiro Chakra. Ele energiza e fortalece o corpo sendo responsável pelo seu bem-estar físico. É o centro de energia através do qual se experimenta “luta ou fuga”.
Exterioriza-se como a glândula supra-renal, governa os rins, a coluna vertebral, sistema de esqueleto, linfa, sistema de eliminação e reprodução e possui vibração de cor vermelha. Possui 4 pétalas, mas normalmente apenas duas estão abertas nos não-iniciados.
É o chakra mais sexual de todos, o mais básico e o mais primitivo. É o único que está sempre ativo em todas as pessoas, não importa o quão gado ela seja. É o chakra que lida com a força.
Ele também é o mais fácil de ser estimulado. Qualquer propaganda de apelo sexual ou pornografia faz com que este chakra gire mais rapidamente, excitando o indivíduo. É um chakra mais forte nos homens.
Isto explica algumas coisas: a primeira é porque os homens “pensam com a cabeça de baixo”. Faça este chakra ressoar e ele tomará o controle dos outros 6 , fazendo com que o indivíduo atue completamente pelo instinto mais primitivo. A publicidade e os fabricantes de cerveja conhecem como ninguém esta regra.
Cor vermelha, batidas rítmicas específicas (as batidas de escola de samba são um bom exemplo, mas o funk é de longe o melhor exemplo de como estas vibrações ressoam com o chakra raiz) despertam esta parte animalesca e sexual do homem.
Nos iniciados, o controle deste chakra lhes dá uma vitalidade sobre-humana (é o chakra desenvolvido nas respirações do chi-kung nos exercícios iniciais das artes marciais e através da posição de “mapu” ou cavalo), capacidade de controlar a ereção e ejaculação pelo tempo que desejar (e a base da magia sexual), resistência à doenças, saúde de ferro e instintos de autodefesa.
2-b.gifSvadisthana, chakra laranja ou sexual
O segundo Chakra localiza-se dois dedos abaixo do umbigo. É dominado pela água, a essência da própria vida, Esse chakra é o centro da procriação e por se achar diretamente associado à lua (Yesod), afeta com suas marés emocionais (humor, sentir-se bem). A criatividade e a inspiração de criar começam no segundo chakra. A energia prânica que circula nesse Chakra governa a circulação do sangue e o mantém em bom equilíbrio por todos os fluídos do corpo, igualmente governa os órgãos genitais (ovários e testículos), as atitudes nos relacionamentos, sexo e comportamento sexual, o sentir, reprodução e assimilação. Exterioriza-se como a glândula gônada, glândulas sexuais masculinas e femininas, que encarnam a força vital. Sua cor vibratória é Laranja e possui 6 pétalas.
Ao contrário do primeiro chakra, este lida com as forças de SEDUÇÂO e Magnetismo Pessoal. Obviamente, é um chakra feminino e, quem tem um mínimo de experiência de vida já deve ter entendido todas as diferenças sutis entre homens e mulheres em relação a sexo e sedução neste ponto.
A menstruação e o ciclo lunar são extremamente importantes para o controle e domínio deste chakra nas mulheres, necessário para as maiores magias sexuais femininas e orgasmos muito mais intensos.
Bons vendedores, negociantes e pessoas com um bom grau de sedução possuem algumas pétalas desenvolvidas. Nem preciso dizer qual é o prêmio para o ocultista quando ele desenvolve este chakra, preciso?
3-b.gifManipura, Amarelo ou Plexo Solar
Localizado no centro do abdome, centro de compensação de energia para os outros chakras, o solar funciona como receptor e emissor de energias. Exterioriza, energiza e controla o pâncreas, fígado, baço, estômago, vesícula, intestino grosso e até certo ponto o intestino delgado. Governa a liberdade, poder, controle, autodefinição, intelecto, aceitação e visão.
A cor vibratória é o amarelo. O plexo solar é a sede do fogo no interior do corpo. Ele assume aqui importância particular, porque é também a sede dos medos, das angústias e dos ódios.
Este chakra engloba o Karma, a caridade, a boa e má companhia e o serviço prestado aos outros.
Por ser do elemento fogo, expansão energética que dá origem ao movimento, a tradição fenomênica dessa expansão é o calor. O Manipura é o chakra da força. Combinado com o domínio do chakra básico, permite ao iniciado fazer aquelas demonstrações que eu mostrei para vocês AQUI, AQUI e AQUI. Todas as demonstrações de força física sobrehumana dependem do bom fluxo de energia entre os chakras inferiores.
Este chakra também possui uma importância enorme na mediunidade. É através dele que o médium doa a energia para os espíritos e também é através dele que os espíritos, larvas astrais e vampiros “roubam” nossa energia.
Na Grécia e em Roma, os ocultistas sempre souberam que era através deste chakra dos sacerdotes e virgens vestais que os Oráculos recebiam sua energia materializar suas vozes (os Oráculos nada mais eram do que espíritos avançados que se comunicavam com os sacerdotes e consulentes, de maneira idêntica ao que os médiuns fazem hoje em dia). Por esta razão, chamavam estes oráculos de Venter Loquis, ou “A Voz que vem do ventre”, que mais tarde deu origem aos ventriloquismo dos mágicos profanos (que são truques mundanos de projeção da própria voz).
É através dele que atuam as principais linhas de defesa psíquica. É o segredo para se conseguir entrar em um ambiente carregado e estar protegido (como eu ensino meus amigos policiais, delegados e investigadores a se protegerem quando vão a uma cena de homicídio, para não levarem estas energias para suas famílias depois, por exemplo).
A falta de controle deste chakra é o responsável por chegar em casa no final do dia “esgotado” ou “drenado” de energias, especialmente se você trabalha em um ambiente de corporação onde um quer ferrar o outro ou em ambientes pesados/ruins como hospitais, igrejas e presídios.
4-b.gifAnahata, Chakra Verde ou Cardíaco
Localizado no centro do peito, o quarto chakra é o do coração. Exterioriza-se como o timo. Governa o coração, sangue, sistema circulatório. Influencia o sistema imunológico e endócrino, sistema de respiração. Centro através do qual sentimos o amor, o dar, relacionar-se, aceitação. Sua vibração é da cor verde, vindo a evoluir para rosa com a prática da compaixão, do amor pessoal e universal. O chakra do coração é a sede do equilíbrio corporal.
Esse é o chakra mais complicado de ser desenvolvido, e ao mesmo tempo o mais simples. É a pedra filosofal, o Lápis Lazuli, o desapego aos bens materiais, o perdão, o ágape fraternal pelo planeta. É o chakra que faz a conexão entre o seu corpo astral e o cósmico, muitas vezes chamado de “Crístico”, é a harmonização do corpo interior e exterior. Este chakra era explorado ao máximo nas cerimônias de iniciação da Pirâmide e nos Círculos de Pedra, despertando os maiores sentimentos de bondade e magnanimidade dos governantes iniciados. Podemos ver uma representação deste chakra nesta figura abaixo. Tenho certeza absoluta que 99% dos católicos não fazem idéia do que esta imagem realmente representa…

É complicado de explicar sobre a abertura e desenvolvimento deste chakra, porque as religiões misturam esta sensação com os famosos “êxtases religiosos”. A mitologia católica é rica nestes exemplos em seus santos e volta e meia vemos estas fagulhas em crentes. Vou mexer em um vespeiro agora, vamos ver se vocês conseguem entender o que é este “despertar crístico”:
É o famoso “eu vi Jesus” que algumas pessoas acabam despertando sem querer através das rezas (que nada mais são do que mantras) ou devoção cega ou ritos eclesiásticos. Exercícios que, no passado e nas ordens ocultistas, servem para despertar o seu DEUS INTERIOR e colocar os iniciados em comunhão com o universo, acabaram manipulados e deturpados pelas igrejas para controlar os fiéis, mas isso não significa que não funcionem! E, como o gado está mergulhado na ignorância, entendem que “Jesus falou comigo”... sentem-se eufóricos, não conseguem explicar o que sentiram, não conseguem compreender esta situação, sentem-se “tocados pelo cósmico” e o triste é que, no final, acabam dando todo o seu dinheiro para alguma igreja caça-níqueis que não teve nada a ver com este despertar…
Aqueles que sabem o que estão desenvolvendo, verão que este chakra está ligado diretamente a Tiferet, o centro da Kabbalah, o despertar dos iniciados, o SOL, o que os egípcios chamavam de “Hati” (o deus esposo de Meret, responsáveis pelos Hieros Gamos nas cerimônias egípcias).
5-b.gifVishuda, Azul, Laríngneo
Localizado na base do pescoço, este chakra exterioriza-se como a glândula tireóide e governa os pulmões, cordas vocais, brônquios e metabolismo. Sede da abundância e da prosperidade como resultado da forma como agimos na vida.
Através deste chakra, aprender-se a receber e deixar as coisas fluírem sem criar condições que impeçam você de desfrutar da experiência. Centro de expressão e de comunicação, está ligado ao verbo divido, onde o que você fala cria. Sua vibração e de coloração azul clara.
É um chakra ligado diretamente aos Mantras. É ele que providencia a energia para fazer com que as vocalizações ressoem em todos os universos de freqüência, harmonizando ambientes, dissolvendo cascões astrais, larvas, canalizando a energia do astral para o físico (pergunte a qualquer faixa-preta de Karate se o “kiai” funciona ou não – ele está diretamente relacionado com este chakra).
Desenvolve a eloqüência, capacidade de comando e de raciocínio lógico. Permite ao iniciado compreender com maior nitidez o mundo acausal e as sincronicidades (“coincidências”) que ocorrem ao seu redor o tempo todo, como se todo o planeta conversasse com ele ao mesmo tempo. Domina a intuição, mas pelo ponto de vista masculino, que é o conhecimento da sincronicidade.
O Vishuda (chamado de “Khu” pelos egípcios) também é a porta de conexão com o Plano Astral. É por ele que os espíritos e outras entidades se conectam ao médium no plano físico (para psicografia, pinturas mediúnicas e todo tipo de ato onde o médium é “controlado” por uma força externa). O descontrole deste chakra somado ao descontrole do 3º chakra é o que abre as portas do corpo da pessoa a entidades astrais e faz com que essas pessoas com mediunidade (muitas vezes despreparadas) escutem as “vozes” ou sejam “possuídas pelo demônio”, “encostos”, etc.
Também é desta relação de controle que se originou a lenda dos vampiros “morderem o pescoço”. Todas as egrégoras de controle (vício de cigarro, jogo, drogas, bebidas, perversões, succubi, íncubi…) também se conectam através deste chakra.
6-b.gifAjna, Índigo, o chakra frontal
O terceiro-olho, que os egípcios chamavam de “Ba”. Um chakra predominantemente feminino, responsável por quase todas as percepções extrasensoriais. Exterioriza-se como a glândula pituitária. Governa o cérebro inferior e o sistema nervoso, os ouvidos, crescimento, sistema endócrino e plexo carotídeo. Através desse centro consideramos nossa natureza espiritual. Sua vibração é de cor azul escuro.
Este chakra também era muito desenvolvido durante as iniciações egípcias e hindus. Despertando-o, o ser realiza que é um espírito imortal num corpo temporário de carne.
Os Lemurianos possuíam este chakra muito desenvolvido. Por sua elevada estatura e pelas descrições de seu “grande olho no centro da testa”, são responsáveis por todas as lendas a respeito dos ciclopes nos textos antigos.
Para ativá-lo e desenvolvê-lo, o melhor mantra para vibrar em harmonia com este chakra é o famoso “AUM”. Este LINK explica a relação entre as vibrações do A-U-M e a mente consciente e inconsciente. Também é possível ativá-lo através de gemas como a coral ou opala, muito utilizados na Índia (repare que todos os deuses indianos possuem alguma jóia em sua fronte) e também nos faraós através da “coroa de serpente” e posteriormente nos reis (repare que as coroas antigas possuem uma grande jóia em sua fronte)
parvati3.jpg
7-b.gifSahashara
O sétimo chakra ou coroa está localizado no topo da cabeça, plexo cerebral, centro da testa. Este chakra é o chakra ligado à iluminação. Exterioriza-se como a glândula Epífese, também chamada Pineal e governa a parte superior do cérebro, regendo o sistema nervoso que simbolicamente representa o sistema de integração do Homem com seu Deus Interior.
Sua vibração é a violeta ou às vezes a combinação de todas as cores: Luz branca. Induz ao sentimento de confiança de estar sendo guiado pelo universo. Rege as experiências interiores mais profundas e transformadoras, que se traduziram em sabedoria de alma.
Na iconografia, é muito comum retratar os deuses egípcios, faraós e deuses hindus com um halo luminoso sobre suas cabeças ou ao redor delas. Isso é reflexo destas pétalas abertas e emanando a luz cósmica. E sim, esta é a explicação científica para a origem das auréolas dos santos na iconografia católica.
Já destrinchamos cada um dos sete chakras pessoais. Agora vamos aos secundários: mãos, plantas dos pés e língua.
Os chakras palmares são usados para redirecionar a energia que o estudante recebeu, canalizou e está projetando. São essenciais em práticas de Reiki e Chi-kung de cura, e também a origem de todas as técnicas de “curas pelas mãos”.
pentagram1.gif
Os chakras plantares são captadores de energia telúrica. Por esta razão, os celtas, wiccans, hindus, xamãs e sacerdotes de várias religiões ligadas à terra enfatizam o bem estar que andar descalço sobre a grama ou terra traz. Na realidade, você está absorvendo a energia telúrica (que vai complementar o prana, que é absorvido através do ar) para abastecer sua biomáquina magnética (ou corpo humano, se preferir). O Sol é a terceira fonte de energia e os alimentos sua fonte material de energia.
Chakras plantares são vulneráveis a ataques astrais e uma das “portas dos fundos” para se atacar pessoas que pensem estar protegidas nos chakras principais… é em razão disto que surgiu a crendice popular de que um morto irritado vem “puxar seu pé” durante a noite.
A língua é utilizada na vocalização de desejos e também para o ato de beijar, em inúmeros ritos sexuais, que funciona como uma das portas energéticas entre o casal, por isto é tão importante em uma relação. Também pode servir para dissipar energia (por esta razão, todas as escolas que lidam com energia ensinam a manter a boca fechada e a língua tocando o céu da boca quando fizerem as respirações).
Além deles, existem muitos outros pequenos pontos de intersecção energético em nosso corpo, chamados de pontos de acupuntura, que funcionam de maneira análoga às linhas de Ley do Planeta Terra. Como vocês também devem ter reparado, eles fazem uma relação direta com as cores do espectro luminoso, demonstrando mais uma vez a harmonia das faixas de vibração que mencionei em uma coluna anterior.
Como eu já sei que vocês vão perguntar a respeito de exercícios para abrir estes chakras, estou passando um LINK de um site bastante sério que traz uma dezena de exercícios para vocês praticarem.




A Kundalini
A chave para entender todo o funcionamento destes processos está representado simbolicamente na serpente. Como os meridianos que passam através dos chakras (chamados Nadi) possuem a forma de uma serpente (ver imagem ao lado), os antigos o associaram à serpente e à sabedoria (Kundalini pode ser entendida como “a serpente enrolada”).Para os gregos, as sacerdotisas mais importantes eram chamadas de pítias ou pitonisas (ou “aquela que domina a serpente”). Basta observar a história do Oráculo de Delfos para ver que ele foi estabelecido após “Apolo derrotar a serpente Píton” ou seja, o deus solar/tiferet (4º chakra) dominando a serpente/kundalini.
Todos os faraós eram representados com a tiara de serpente, ou a disputa entre Moises cujo cajado se transformava em uma serpente para engolir o dos adversários (o Pentateuco é totalmente ocultista e simbólico – um dia eu explico a bíblia sob o ponto de vista ocultista, vocês vão adorar). Na Índia, a serpente Kundalini era reverenciada como sinônimo de poder divino, os Astecas, Maias e Incas veneravam a “grande serpente voadora”, os xamãs colocam a serpente como sinônimo de sabedoria… ou seja, a serpente está associada a sabedoria e poder em todas as religiões… bem… quase todas.
Existe uma religião em especial que morre de medo da serpente, tanto que até a transformou em um demônio que tenta os “pobres coitados inocentes” a experimentar a “Árvore do Conhecimento”… hummmm Árvore da Vida da Kabbalah, Yggdrasil dos nórdicos, Pomos de Ouro das Hesperides na mitologia grega, Ankh na mitologia egípcia, Árvore da sombra dos deuses na mitologia hindu, Morada de Quetzacoatl para os astecas… quanta “coincidência” que civilizações tão distantes e desconhecidas entre si venerem essa mesma árvore da mesma maneira… e porque a tal Igreja morre de medo dela? o que o tal “conhecimento” dessa árvore vai fazer de mal às pobres ovelhinhas?
Mas eles também veneram esta árvore… ou você acha MESMO que o que Moisés desceu carregando do monte Sinai foram aqueles códigos morais simplórios? Dez mandamentos? Dez sephiroth? Mais pra frente eu explico da onde surgiram aqueles mandamentos, mas pergunta para qualquer judeu o que são os 49 dias do Sefirat Haômer e ele vai te dizer se tem ou não a ver com a Kabbalah.




Kundalini e o Caduceu de Hermes


Alguns chakras são masculinos e outros femininos. Pois bem. O primeiro chakra é masculino, o segundo feminino, o terceiro masculino e assim por diante… e o sétimo chakra é universal.
Na magia sexual, os casais aprendem a compartilhar a energia destes chakras um com o outro, fazendo com que o prana circule entre os dois amantes não apenas agindo como um catalizador destas energias mas fazendo com que o chakra forte de um entre em sincronia com o chakra fraco do outro, acelerando ambos os corpos, mentes e espíritos em uníssono. E o resultado disso é… divino.
E a forma energética que fica entre estes chakras entrelaçados é mais ou menos esta das imagens abaixo (para uma pessoa, o Cajado de Asclepius, para duas pessoas, o Caduceus):
caduceus.pngcaduceusceltic.jpg
caduceuscrown.jpgcaduceuslions.jpg
Uma delas é bastante conhecida no mundo cético. É o famoso símbolo da Medicina. Ah, se os médicos soubessem da onde se originou o símbolo deles… mas… essas coisas de chakras não existem, não é mesmo? hehehe


Ritos sexuais


Claro que esta é a magia sexual envolvendo apenas para um casal, mas existem certos ritos secretos extremamente poderosos chamados Hieros Gamos, onde sacerdotes e sacerdotisas canalizam esta força para a celebração de festividades importantes.




  Texto de Marcelo Del Debbio

24 de outubro de 2010

Eu Aprendi

Merci au photographe Amani Hasan
    

 Escrevi essas palavras no Domingo de 27 de Janeiro de 2008. E por incrível que pareça, hoje ainda penso da mesma forma...

. Uma forma nova de ver as coisas: em tudo na vida não existe regra marcada de certo e errado. Existem "Possibilidades". É uma lei física.
. Só podemos ser 'nós mesmos' quando estamos calmos (centrados).
. A expressão utópica existe para que andemos para frente. É isso o que nós somos: movimento e expansão... As maiores descobertas são inicialmente tidas como tolice pelos conservadores, que passam a adotá-las com o tempo.
. Se você chegou a algum lugar bonito de conforto e de paz (dentro de você mesmo), é porque completou um ciclo com sucesso. Se você sofreu no caminho é porque isso faz parte do processo. Esse 'sofrer' é apenas um processo de crescimento.
. Ensine o que você sabe. Não retenha seu conhecimento. Compartilhar sua experiência lhe deixará mais feliz. Mas não espere o reconhecimento das pessoas. Nenhum ser humano jamais conseguiu unanimidade absoluta. A verdadeira generosidade não espera nada em troca. Mesmo porque as pessoas só dão o que elas têm para dar.
. Não tenha vergonha de perguntar quando não souber.
. Veja-se de forma realista. É a única maneira de avaliar-se com honestidade para progredir de fato e se libertar do sofrimento gerado pela ilusão de uma falsa auto-imagem.
. Mesmo que você não se identifique com nada do que eu disse; acima de tudo ame-se, sinta-se e seja livre.
. Como está até nas escrituras, viva a sua Paixão e "descubra onde está seu coração, pois lá estará o seu tesouro. "
. Estamos aqui para reconhecer "o que" realmente vale a pena.
. Melhor umas lágrimas na pureza do que uma alegria vil. Mesmo assim, sempre lute para ser feliz...
. Mudei bastante a minha opinião sobre internet. Acho que isso aqui não é só energia mental. Se você souber aproveitar, pode ser uma energia muito sutil e benéfica. Como tudo na vida, vai depender de como você está naquele momento.
. Eu sou o senhor do meu destino, eu sou o comandante da minha vida.
. Não espere que "o mundo" facilite as coisas pra você ser feliz.  A felicidade vem da sua habilidade de enfrentar com dignidade a diversidade da vida.
. Não espere que a paz venha primeiro de fora para adentrá-la. Se quer paz de verdade, Seja paz. Todas as coisas boas estão ilimitadamente disponíveis dentro de nós mesmos, basta aprendermos o equilíbrio onde quer que nos encontremos.
. Harmonizar para doar.

Nayre Fernandes 27/01/08.


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'Minhas Mandas, bênção da minha floresta, trazem a cura para minha alma viajante, buscadora. Sonhos, esperanças, flores da minha essência, janelas e portas para meu interior...

Minha criança alegre, Minha velha sábia...'

(Simone Bichara)

30 de julho de 2010

Sapatos Vermelhos




Essa história que vou contar agora aconteceu de verdade.
Todo mundo já teve um ídolo na adolescência e sonhava conhecer ou conversar com ele.
Eu tinha essa ligação invisível com as coisas de Rita Lee.
Vivia e ainda vivo tendo sonhos com ela, desde pequena, coisas de menina... E um deles ficou bem nítido na minha memória...
Sonhei que ela era minha mestra e eu a sua discípula (rs)... Isso foi bem numa época em que a Rita começou a se interessar por zen-budismo. Ano? 1999. Sonhei que andava em cima de um muro e a Rita me acompanhava de perto dizendo "isto, ande até o final do muro sem desequilibrar"... " isso... agora sua próxima missão é encontrar o par deste sapato vermelho aqui (mostrou) - que estava nas suas mãos - lá ... (não sei aonde)"...
A Rita Lee deve estar me gozando, pensei. E pensei também no sonho que ela estivesse me fazendo de boba, ou de escrava dela, fiquei braba. (rs). Acordei.

Um ano depois minha vó faleceu e viajei a Santos para a última despedida. No dia seguinte de seu enterro ganhei um sapato vermelho de minha mãe e minha irmã Soraya me convidou para ver a Exposição dos 500 anos do Brasil que estava acontecendo no Parque Ibirapuera. Era dia 08. 06. 00. Lembro que quando cheguei em SP estava meio nublado e fiquei pensando comigo no ônibus "bem que eu podia encontrar a Rita Lee hoje, aqui." E...Plim! O que houve então? Chegamos no Ibirapuera e antes de adentrarmos nos galpões das exposições tínhamos de passar por lojas de livros, cafés, lojas de artesanato e produtos esotéricos... Vamos entrar? Sim, disse para a minha irmã e advinhem quem? Quem era a dona da loja? Uma senhora que era a CARA da Rita Lee, só que eu a achei mais velha. Olhei para os meus sapatos vermelhos que acabara de estrear e não acreditei naquilo! A mulher da loja era a própria Rita Lee? Bem, isso na verdade é algo que até hoje fiquei na dúvida, rs. Depois vendo os objetos da loja resolvi comprar um harmonizador de ambientes de vidro em forma de estrela de 7 pontas. Daqueles se enche d'água e que espalham arco-íris pelos cantos da casa... E olhando para ela, eu disse "vou levar esse aqui, porque o número da Rita Lee é sete". Então essa senhora da loja me perguntou "como você sabe que o n° dela é sete?" - bem, cá pra nós, eu já tinha feito a numerologia do nome dela porque já tinha percebido uma estrela de sete pontas tatuada na sua mão... Contei do sonho, contei mil coisas... Que já tinha tocado no cotovelo dela numa sessão de autógrafos em Curitiba depois de um show no Guairão e sentido uma onda de energia muito vibrante depois, uma espécie de êxtase. Então a senhora me disse " sou a Virginia Lee, irmã da Rita". E disse que ficou arrepiada com o que eu havia contado... E advinhem onde ela me tocou quando entrei na loja? No meu cotovelo! E foi assim, no final contei que havíamos ido no Hotel Mabú naquela noite para deixarmos o material da nossa banda para ela ouvir (uma banda de rock de adolescentes da qual eu era a vocalista). Ela então disse que ia contar o acontecido a própria Rita... Seria ela mesma se fazendo passar pela irmã? Não sei... Nunca saberei na verdade ... Mas se foi ... Que doce cara-de-pau ... Doce e luxuosa atriz. Lembro de seus olhinhos azuis olhando pra nós.

Aliás ...  A Virginia Lee tem ou não tem olhos azuis? 

Ganhei até um abraço. : )

Ok! Saímos da loja ... Eu e a minha irmã - grávida na época.

Fomos então nos dirigindo para os galpões de exposição... Então vi duas coisinhas brilhando no chão... Olha, dois broches, alguém deixou cair... O que são? Peguei. Era um passarinho rosa e um peixinho amarelo pintadinhos num metal dourado (nem eram tão bonitos, pareciam de uma criança) . Minha irmã falou que foi a providência que havia me mandado aquele "sinal". Que bobagem, eu disse. Bobagem ou não... O fato é que uns anos depois fuçando na internet encontrei um texto da Rita Lee. Um conto infantil que ela bolou pra contar aos filhos dela antes de dormir quando eram pequenos... E adivinha o nome do conto? O Passarinho e o Peixinho... Juro que é verdade! Que uma pedra me esmague agora mesmo se for mentira. Quando voltamos da exposição tinha uma multidão em frente a loja da "Virginia" cantando Ovelha Negra e corria o buxicho que era ela, a Rita mesmo... Nem fiquei lá... Já tinha tido meu momento de glória rs.  Depois de um tempo que fui saber a simbologia do sapato vermelho no livro " Mulheres que Correm com os Lobos"  Da analista junguiana Clarissa Pinkola Estés.. Mas isso já é outra história...!
Enfim...

Deixo o conto da Rita Lee aqui pra quem quiser ler:



 O Passarinho e o Peixinho

           Era uma vez um peixinho que queria voar e um passarinho que queria nadar. Um dia se encontraram na beira do lago e ficaram comentando sobre suas vidas.

- "Chuva pra você não é problema, eu tenho que correr para um abrigo e proteger minhas asas dos pingos d´água senão ficam pesadas demais para voar".

- "Quando chove fica tudo embaçado aqui embaixo, não enxergo um palmo além do nariz e quando faz sol você pode voar até os mais altos prédios para ver o mundo lá das nuvens, enquanto eu fico aqui nadando entre os lixos que são jogados na minha casa"

- "Você ainda tem uma casa, e eu que durmo cada dia num galho de árvore! E por falar em lixo, você nem imagina o castigo que é respirar o monóxido de carbono dos automóveis. Aqui fora a vida é muito mais poluída e perigosa"

- "Mas você sempre pode voar para o campo onde o ar é puro, já eu não posso fugir para um rio limpinho. Ser passarinho tem suas vantagens, meu caro amigo"

- "Que nada, no campo sou alvo dos estilingues da molecada, se eu fosse um peixinho bastava dar um mergulho para fugir deles"

- "Os moleques me perseguem com outros truques. Um dia pensei que uma minhoca estava dando sopa mas era um anzol pontudo, consegui fugir mas fiquei com uma baita cicatriz na boca"

- "Certa vez também estava na cola de uma minhoca e fui abocanhado por um gato que me arrancou várias penas e com muito custo consegui escapar"

- "É verdade, isto nós dois temos em comum: gostamos de comer minhocas e os gatos gostam de nos comer, eu daria tudo para poder voar deles como você"

- "E eu daria tudo para poder nadar como você, gatos tem pavor de água"

Neste exato momento o passarinho e o peixinho viram uma minhoca apetitosa passeando tranquila na beiradinha do lago e a conversa deles mudou de enfoque diante de tamanha guloseima.

- "Olha só, porque você não dá um mergulho agora lá no fundo pra eu ficar observando cheio de inveja" sugeriu o passarinho.

- "Só se antes você voar bem alto para que eu poder apreciar seu magnífico vôo daqui" respondeu espertamente o peixinho.

Nesse vai e vem a minhoca foi parar pertinho de um gato malandro que estava ouvindo a conversa toda na moita. O susto foi tão grande que o peixinho e o passarinho fugiram da cena num segundo. Moral da história: Minhoca não nada nem voa, em compensação gato não come!


Rita Lee

15 de maio de 2010

Ação do Pensamento


" Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção."
(Emmanuel)



  Obsessão e desobsessão: escravização e libertação do pensamento. Ensinamento extraordinário legado à Humanidade.
  Escravização que está sendo analisada neste texto demonstra:
  __ a que ponto de subjugação pode chegar o ser humano, em gradações que vão desde a obsessão sutil até a possessão e o vampirismo;
  __ o ser humano auto flagelando-se mentalmente, até atingir a auto-obsessão, que abre campo para sintonias inferiores;
  __ o ser humano assolado pelo remorso, pela descrença ou pelo egoísmo, enclausurando-se no pensamento viciado, cujo centro é ele próprio, num processo de auto-destruição que o levará, após a desencarnação, persistindo o circuito mental viciado, a transubstanciar-se numa espécie de 'ovóide'.
  Libertação __ meta principal de todos nós. Escopo final do homem, que aspira a ser livre para sempre. E nesse ideal de liberdade julga erroneamente que irá encontrá-la em aventuras arriscadas e dispendiosas, sondando o cosmos, lançando-se ao espaço, na ânsia de conquistar o infinito.
  Não descobriu até hoje que o infinito está muito perto. Que o infinito é ele mesmo:   o ser imortal e eterno, cujas potencialidades maravilhosas jazem adormecidas e inexploradas, formando um microuniverso quase totalmente desconhecido.
  Há um universo em cada um de nós, aguardando ser descoberto, e guardando riquezas cósmicas que um dia nos tornarão "deuses".
  Na obra  Libertação de André Luiz, encontramos estas afirmativas que pela sua importância merecem ser mencionadas:
  "(...) o espírito humano lida com a razão há, precisamente, quarenta mil anos..."
  "(...) Há milhões de almas humanas que se não afastaram, ainda, da Crosta Terrestre, há mais de dez mil anos.   Morrem no corpo denso e renascem nele, qual acontece às árvores que brotam sempre, profundamente arraigadas ao solo.  Recapitulam, individual e coletivamente, lições multimilenárias, sem atinar com os dons celestiais de que são herdeiras, afastadas deliberadamente do santuário de si mesmas, no terreno movediço da egolatria inconsequente, agitando-se, de quando em quando, em guerras arrasadoras que atingem os dois planos, no impulso mal dirigido de libertação, através de crises inomináveis de fúria e sofrimento."
  Milhares de anos em que utilizamos o nosso pensamento para o mal, para a destruição. Milênios de dor e sofrimento. Séculos de experiências dolorosas. Nossa colheita tem sido de pranto, para que nas fontes do sentimento dilacerado pudéssemos mudar o rumo do pensamento envolvido no mal, preso ao jugo dos instintos inferiores.
  Pensamentos viciados. Mente subjulgada à escravidão das paixões. Caminhos que escolhemos por vontade própria. Deixamos passar as oportunidades de modificar o nosso clima mental e nos comprometemos cada vez mais com a retaguarda de sombras, que hoje nos está cobrando pesado ônus.
  Profundamente habituados a orientar erroneamente a direção do nosso pensamento, eis que surge o Espiritismo, como bênção de acréscimo da Misericórdia Divina, para nos libertar. A doutrina espírita veio desvendar o processo de nossa libertação, e demonstrar que a liberdade tem que ser conquistada com o empenho de todas as nossas energias e com o selo de nossa responsabilidade.
  Liberdade e responsabilidade. Para merecermos a primeira temos que assumir a segunda.
  Dos tormentosos processos obsessivos, o homem só se libertará quando entender o quanto é responsável pelo próprio tormento e pelos que inflingiu aos que hoje lhe batem às portas do coração, roubando a paz que julgava merecer.
  Os Benfeitores Espirituais têm trazido ensinamentos renovados sobre a importância de nossa atitude mental. Julgamos, entretanto, que mesmo nós, os espíritas, ainda não conseguimos avaliar o que representa o pensamento em nossa romagem de Espíritos imortais, encarnados ou não. A verdade é que refletimos pouco a esse respeito. Não damos o devido valor à necessidade de selecionar as ondas mentais que emitimos e as que captamos. E nisso reside todo o segredo, se assim podemos dizer, da existência humana.
  Na qualidade do pensamento que emitimos, que cultivamos e que recebemos dos outros, aceitando-os ou não, está o 'mistério' da saúde ou da doença, da paz ou do desequilíbrio.
  É sabido que o pensamento é mensurável, que é uma força eletromagnética, conforme ensina Emmanuel. Mas, estando cientes disto tudo, ainda assim não damos a devida importância à ação do pensamento.
  Ao conquistar o raciocínio, o homem adquiriu a consciência, a faculdade de estabelecer padrões morais. Ao tornar-se espírita, o ser humano teve a sua consciência clarificada pelos ensinamentos da Terceira Revelação, o que a torna plenamente lúcida, capaz de discernir com profundidade, de enxergar além dos limites físicos, vislumbrando o seu passado e antevendo o seu futuro. Jamais teve o homem tal clareza de raciocínio. Jamais a sua consciência se apresentou tão viva e atuante.  Mesmo não tendo cultura vasta, mesmo não sendo letrado, porque o discernimento independe de cursos.  A consciência do espírita acorda no homem a responsabilidade.
  Diante disto tudo, é muito importante direcionar o nosso pensamento. Não podemos permanecer indiferentes ante essa força que existe em nós, que expressa a nossa própria  essência.
   Somos responsáveis pela qualidade dos nossos pensamentos.  Não nos basta frenar atitudes menos dignas e permitir que nas asas do pensamento elas se realizem.  Não nos é suficiente disciplinar o nosso comportamento e trazer no íntimo o pensamento conturbado, ansiando pelas realizações que a consciência censurou.
   Cabe-nos disciplinar as emoções e os pensamentos que defluem delas. Mas essa disciplina deve ser fruto da compreensão.  Da certeza do que é realmente melhor. É preciso querer gostar de atuar no bem e consequentemente de pensar no bem e pensar bem.
   Essa é uma laboriosa conquista. É filha da reflexão, do amadurecimento interior. É filha da necessidade que todos temos de ser bons.  E ser bom é ter amor. O amor é a necessidade primeira do ser humano, é o seu alimento, o ar que respira, a vida que estua dentro dele.  Por isto é que sofremos tanto quando nos afastamos do amor. Estamos assim negando nós a nós mesmos e o propósito para o qual fomos feitos.
  
  O nosso pensamento estagiou por milênios em faixas primitivas. Aos poucos, fomos vagarosamente imprimindo-lhe nova direção. Os sucessivos aprendizados enriqueceram a nossa mente com experiências diversas e a nossa emissão mental se aprimorou.  Mesmo assim, demoramos a entender que o controle de nosso pensamento é de nossa exclusiva responsabilidade. E essa nova compreensão é decisiva em nosso destino.
  De acordo com o que pensamos serão as nossas companhias espirituiais e, parodiando a sentença popular, diremos: " Dize-me o que pensas e te direi com quem andas..."
  Pelo pensamento desceremos aos abismos ou chegaremos às estrelas.  Pelo pensamento nós nos tornamos escravos ou nos libertamos.
  A obsessão é, pois, o pensamento a transitar e a sintonizar nas faixas inferiores.
  Desobsessão, ao invés, é a mudança de direção do pensamento para rumos nobres e construtivos. É a mudança do padrão vibratório, sob o influxo da mente, que optou pela frequência mais elevada.
  Essa mudança é uma questão de escolha. De seleção.
  E só se chega a tal estado, a uma transformação dessa espécie, acionando-se uma das maiores potencialidades que existe no ser humano: a Vontade.
  
  Profilaxia e Terapeutica Espíritas (Suely Schubert)

13 de maio de 2010

Ressonância Mórfica

Neste ensaio, dividido em três partes, o bioquímico Rupert Sheldrake expõe sua teoria dos campos e da ressonância mórfica. Investigando a “causa das formas”, Sheldrake propõe a existência de campos orientadores do modo de ser e evoluir de todas as coisas, dos corpos dos seres vivos aos hábitos comportamentais. Reinterpretando a concepção de inconsciente coletivo, o autor fala sobre a natureza da mente, os limites da consciência e o poder do pensamento. Na terceira parte do ensaio, discute-se a existência do “olho-do-mal”.

I. Memória, arquétipos e inconsciente coletivo

II. Campos Mórficos: sociedade, espírito e ritual

III. Extensão da mente, energia e consciência

5 de abril de 2010

Os 7 passos para a superação do controle do ego.


1. Pare de se sentir ofendido.
O comportamento de outras pessoas não é motivo para se sentir imobilizado.
Existe a ofensa apenas quando você se enfraquece.
Se procurar por situações que o aborreça, as encontrará em cada esquina.
É o ego no controle convencendo você que o mundo não deveria ser do jeito que é.
Mas é possível tornar-se um observador da vida e alinhar-se com o Espírito da Criação universal.
Não se alcança o poder da intenção sentindo-se ofendido.
Procure erradicar, de todas as formas possíveis, os horrores do mundo que emanam da identificação maciça do ego, e esteja em paz.
A paz está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao lar em Sua paz.
O Ser está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao lar em Sua paz.
Ficar ofendido cria o mesmo tipo de energia destrutiva que a princípio o feriu, e leva a agressão, ao contra-ataque e a guerra.

2. Abandone o querer vencer.
O ego adora nos dividir entre ganhadores e perdedores.
A busca pela vitória é a forma infalível de evitar o contato consciente com a intenção.
Por quê? Porque basicamente é impossível vencer sempre.
Algumas pessoas serão mais rápidas, mais sortudas, mais jovens, mais fortes e mais espertas que você e acabará se sentindo insignificante e sem valor diante delas.
Você não se resume as suas conquistas e vitórias.
Uma coisa é gostar de competir e se divertir num mundo onde vencer é tudo, mas não precisa ser assim em seus pensamentos.
Não há perdedores num mundo onde todos compartilham da mesma fonte de energia.
Só se pode afirmar que, em determinado dia, sua atuação esteve num certo nível comparada a outras.
Mas cada dia é diferente, com outros competidores e novas situações a serem consideradas.
Você continua sendo a infinita presença num corpo que está a cada dia ou a cada década, mais velho.
Pare com essa necessidade de vencer, não aceite o conceito de que o contrário de vencer é perder.
Esse é o medo do ego.
Se seu corpo não está respondendo de forma vencedora, não importa, significa que você não está se identificando unicamente com seu ego.
Seja um observador, perceba e aprecie tudo sem a necessidade de ganhar um troféu.
Esteja em paz e alinhe-se com a energia da intenção.
De forma inusitada, as vitórias aparecerão mais em seu caminho quanto menos as desejá-las.

3. Abandone o querer estar certo.
O ego é a raiz de muitos conflitos e desavenças porque o impulsiona julgar as pessoas como erradas.
Quando a pessoa é hostil, houve uma desconexão com o poder da intenção.
O Espírito de Criação é generoso, amoroso e receptivo; e livre de raiva, ressentimento ou amargura.
Cessar a necessidade de ter razão nas discussões e nos relacionamentos é como dizer ao ego:
"Não sou seu escravo.Quero me tornar generoso.Quero rejeitar a necessidade de ter razão.Dê a oportunidade de se sentir bem dizendo a outra pessoa que ela está certa, e agradeça-a por lhe direcionar ao caminho da verdade".
Ao deixar de querer ter razão, você fortalece a conexão com o poder da intenção.
Mas fique atento, pois o ego é um combatente determinado.
Tenho visto pessoas terminarem lindos relacionamentos por apego a necessidade de estarem certas.
Preste atenção à vontade controlada pelo ego.
Quando estiver no meio de uma discussão, pergunte a si mesmo; "Quero estar certo ou ser feliz?"
Ao optar por ser feliz, amoroso e predisposto espiritualmente, a conexão com a intenção se fortalecerá.
Esses momentos expandem novas conexões com o poder da intenção.
A Fonte universal começará a colaborar com você para uma vida criativa ao qual foi predestinado a viver.

4. Abandone o querer ser superior.
A verdadeira nobreza não é uma questão de ser melhor que os outros.
É uma questão de ser melhor ao que você era.
Concentre-se em seu crescimento, consciente de que ninguém neste planeta é melhor que ninguém.
Todos nós emanamos da mesma força de vida criadora.
Todos temos a missão de realizar nossa pretendida essência, tudo que precisamos para cumprir nosso destino está ao nosso alcance.
Mas nada é possível quando nos sentimos superiores aos outros.
É um velho ditado e, todavia, verdadeiro: somos todos iguais aos olhos de Deus.
Abandone a necessidade de sentir-se superior, perceba a expansão de Deus em cada um.
Não julgue as pessoas pelas aparências, conquistas, posses e outros índices do ego.
Ao projetar sentimentos de superioridade retorna a você sentimentos de ressentimentos e até hostilidade.
Esses sentimentos são veículos que os levam para longe da intenção.
A distinção sempre leva a comparações.
Baseia-se na falta vista no outro, e se mantém pela procura e ostentação das falhas percebidas.

5. Deixe de querer ter mais.
O mantra do ego é "mais".
Ele nunca está satisfeito.
Não importa o quanto conquistou ou conseguiu, o ego insiste que ainda não é o suficiente.
Ele põe você num estado perpétuo de busca e elimina a possibilidade de chegada.
Na realidade, você já está lá e a forma que opta para usar esse momento presente da vida é uma escolha.
Ao cessar essa necessidade por mais, as coisas que mais deseja começam a chegar até você.
Sem o apego da posse, fica mais fácil compartilhar com os outros.
Você percebe o pouco que precisa para estar satisfeito e em paz.
A Fonte universal é feliz nela mesma, expande-se e cria vida nova constantemente.
Nunca obstrui suas criações por razões egoístas.
Cria e deixa ir.
Ao cessar a necessidade do ego de ter mais, você se unifica com a Fonte.
Como um apreciador de tudo que aparece, aprende a lição poderosa de São Francisco de Assis:
"É dando que se recebe".
Ao permitir que a abundância lhe banhe, você se alinha com a Fonte e deixa essa energia fluir.

6. Abandone a idéia de você baseado em seus feitos.
É um conceito difícil quando se acredita que a pessoa é o que ela realiza.
Deus compõe todas as músicas.
Deus constrói todos os prédios.
Deus é a fonte de todas as realizações.
Posso ouvir os egos protestando em alto e bom som.
Mas, vá se afinizando com essa idéia.
Tudo emana da Fonte!
Você e a Fonte são um só! Você não é esse corpo ou os seus feitos.
Você é um observador.
Veja tudo ao seu redor e seja grato pelas habilidades acumuladas.
Todo crédito pertence ao poder da intenção, o qual lhe fez existir e do qual você é uma parte materializada.
Quanto menos atribuir a si mesmo suas realizações, mais conectado estará com as sete faces da intenção, mais livre será para realizar e muito aparecerá em seu caminho.
Quando nos apegamos às realizações e acreditamos que as conseguimos sozinhos abandonamos a paz e a gratidão à Fonte.

7. Deixe sua reputação de lado.
Sua reputação não está localizada em você.
Ela reside na mente dos outros.
Você não tem controle algum sobre isso.
Ao falar para 30 pessoas, terá 30 imagens.
Conectar-se com a intenção significa ouvir o coração e direcionar sua vida baseado no que a voz interior lhe diz.
Esse é o seu propósito aqui.
Ao preocupar-se demasiadamente em como está sendo visto pelos outros, mostra que seu eu está desconectado com a intenção e está sendo guiando pelas opiniões alheias.
É o seu ego no controle.
É uma ilusão que se levanta entre você e o poder da intenção.
Não há nada a fazer, a não ser que você se desconecte da fonte de poder convencido de que seu propósito é provar o quão poderoso e superior é, desperdiçando sua energia na tentativa de obter uma reputação maior entre outros egos.
Faça o que fizer, guie-se sempre pela voz interior conectada e seja grato à Fonte.
Atenha-se ao propósito, desapegue-se dos resultados e assuma a responsabilidade do que reside dentro de você: seu caráter.
Deixe os outros discutirem sobre a sua reputação, isso não interessa.

Wayne W. Dyer